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Venda de imóveis em São Paulo em julho tem crescimento acima do esperado

Em comparação com o mesmo período de 2018, avanço foi de 113%, com 3.284 unidades vendidas; imóveis do Minha Casa Minha Vida puxaram resultado, segundo o Sindicato da Habitação

11 set 2019 - 13h14
(atualizado às 13h38)
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As vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo cresceram 113% em julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018, de acordo com a pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) divulgada nesta terça-feira, 10. Foram vendidas 3.284 unidades em 2019, contra 1.542 em 2018.

Os números confirmam a tese de que o mercado imobiliário ainda está se reaquecendo depois da crise de 2014. Como o ano passado foi um período de consolidação, 2019 tem sido de aceleração da retomada. "Neste ano, sim, é que está havendo um crescimento acima das expectativas", disse o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci.

Mais de 22 mil moradias foram vendidas de janeiro a julho deste ano - durante todo o ano de 2018, foram vendidos pouco menos de 30 mil.

O imóveis enquadrados nas condições de financiamento do programa Minha Casa Minha Vida, com produtos de até R$ 240 mil nas metrópoles, representaram 44,6% das vendas (1.467 unidades). Outro grande destaque do mês de julho foram os imóveis de dois dormitórios, com a venda de 2.410 unidades.

Para Petrucci, esses dois tipos de imóveis são mercadoria de acesso ao mercado imobiliário a famílias de classe média baixa e classe média - que historicamente sofrem com o déficit habitacional no País.

Além disso, o economista atribui o reaquecimento do mercado à confiança do empresariado em colocar seu produto à venda e, sobretudo, à aderência dos consumidores de classe média e média alta.

No final de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), anunciou o crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, resultado acima do esperado que foi puxado para cima, entre outros, pelo setor imobiliário, que registrou crescimento de 2% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Foi a primeira alta depois de 20 quedas consecutivas (o último resultado positivo havia sido no primeiro trimestre de 2014, com avanço de 8,2% em relação a igual período de 2013).

Junho atípico

Em compensação, ao comparar as vendas de julho deste ano com o mês anterior, houve uma queda de quase metade das vendas. Isso porque, em um movimento fora da curva, 6.319 imóveis foram vendidos e 9.415 unidades foram lançadas somente em junho. "Aconteceu algum represamento, sem explicação mercadológica, que acabou gerando esse grande número de lançamentos, seguido pelo número de vendas", disse Petrucci.

Apesar de a queda das vendas ser de 48%, é comum o mês de julho ser mais fraco em termos de venda por coincidir com o período de férias. Neste ano, não foi diferente, "principalmente porque a base de junho havia apresentado recordes históricos."

A capital paulista encerrou julho com um estoque de 23.168 unidades disponíveis para venda, considerando moradias na planta, em obras e recém-construídas.

Estadão
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