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Venda de mel da Peabiru é feita online e negócios aumentam

Feito com mel de abelhas sem ferrão, o principal produto da Peabiru é vendido online por causa da pandemia

25 abr 2021 - 13h01
(atualizado às 13h30)
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Peabiru aposta nas vendas online para contornar dificuldades na pandemia
Peabiru aposta nas vendas online para contornar dificuldades na pandemia
Foto: Divulgação/Peabiru Produtos da Floresta / Estadão

Até o início do ano passado, as vendas da Peabiru Produtos da Floresta, com sede em Belém (PA), eram feitas na loja própria da startup na capital paraense e alguns clientes que faziam encomendas pelo correio. Com a pandemia, a loja ficou fechada quase todo o ano passado e a empresa teve de acelerar o projeto de vendas pelo e-commerce, que estava nos planos futuros.

Hoje, 70% dos negócios do principal produto da Peabiru, o mel de abelhas sem ferrão, é feito online, principalmente pela plataforma do Mercado Livre. O mel é colhido por mais de 100 famílias de sete comunidades tradicionais (como agricultores familiares, quilombolas e ribeirinhos) do Pará e Amazonas.

Hermógenes de Sá, administrador da Peabiru, explica que as abelha sem ferrão (conhecidas como jataí, uruçu ou mandaçaia) são nativas da Amazônia e seu mel é mais aquoso e menos doce que o de abelhas com ferrão, comumente encontrado no mercado.

Segundo ele, o mel é coletado pelos produtores e levado a Belém, onde é desidratado, analisado por um laboratório e envasado em potes de 150 mg e 300 mg. A partir deste ano as embalagens ganharam uma tag de rastreabilidade, que indica a origem do produto.

A maior parte do produto é enviada a um centro de distribuição em São Paulo.

No ano passado foram produzidos 500 quilos do mel e a previsão é ampliar o volume neste ano e tentar atingir os resultados de 2019, quando de 1,2 toneladas do produto. A empresa é o braço comercial do Instituto Peabiru, que trabalha com povos tradicionais da floresta apoiando projetos socioambientais.

"A Peabiru Produtos da Floresta foi criada em 2018 para estabelecer uma ponte entre os produtos de comunidades da Amazônia e o mercado consumidor", explica Sá. Ele também é diretor executivo do Instituto, responsável pela assistência técnica e capacitação dos produtores do mel, que tem o Selo de Inspeção Federal (SIF).

Antes, o mel ficava praticamente na região, vendido a moradores e pequenos mercados pois era difícil para os produtores ampliar e escoar a produção.

O Instituto Peabiru ajudou os produtores na ampliação das bases matrizes, equivalentes a colmeias, mas feitas em madeira de longa durabilidade. "Para nós, pasto de abelhas é floresta em pé e pasto de gado é floresta derrubada", diz Sá.

O braço de vendas passou a oferecer o mel pelo Mercado Livre em meados de 2020, o que ajudou a dar um salto importante nas vendas a partir deste ano, afirma Sá. Hoje o mel de abelha sem ferrão chega aos Estados de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Porto Alegre e no Distrito Federal, além de Amazonas e Pará.

Estadão
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