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Vendas do comércio varejista caem 0,3% em agosto ante julho, diz IBGE

Resultado foi menos negativo do que a queda de 0,6% esperada pelo mercado; vendas do setor acumulam crescimento de 5,1% no ano, mostra pesquisa

10 out 2024 - 11h27
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RIO - As vendas do comércio varejista caíram 0,3% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio.

O resultado foi menos negativo do que a queda de 0,6% apontada pela mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 1,8% a alta de 0,2%.

Na comparação com agosto de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 5,1% em agosto de 2024. Nesse confronto, as projeções iam de uma alta de 2% a 5,7%, com mediana positiva de 4,1%.

Queda de 0,3% no volume vendido pelo comércio varejista em agosto ante julho configura uma estabilidade, segundo o IBGE
Queda de 0,3% no volume vendido pelo comércio varejista em agosto ante julho configura uma estabilidade, segundo o IBGE
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento também de 5,1% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 4%.

Quanto ao varejo ampliado — que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício —, as vendas caíram 0,8% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado contrariou a mediana das previsões de analistas, que apontava alta de 0,2%. O intervalo de projeções ia de queda de 1,2% a alta de 1,2%.

Na comparação com agosto de 2023, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 3,1% em agosto de 2024. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 2,3% a 6,2%, com mediana positiva de 4,3%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 4,5% no ano e aumento de 3,7% em 12 meses.

Estabilidade

A queda de 0,3% no volume vendido pelo comércio varejista em agosto ante julho configura uma estabilidade, segundo Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE.

Segundo o pesquisador, o comportamento do comércio varejista em 2024 ainda é positivo. De janeiro a agosto, apenas o resultado de junho foi efetivamente negativo, 0,9%, enquanto a variação de agosto situa-se muito próximo próxima da estabilidade (0,0%). "Esse é um resultado interpretado como uma estabilidade", afirmou Santos. "A gente vinha de resultados bastante positivos, principalmente até maio."

Nos seis demais meses do ano houve expansão no volume vendido: janeiro (3,6%), fevereiro (0,7%), março (0,2%), abril (0,8%), maio (0,9%), junho (-0,9%), julho (0,6%) e agosto (-0,3%). "A leitura de curtíssimo prazo é de estabilidade, a leitura de médio prazo é de crescimento no ano de 2024?, resumiu Santos.

Na passagem de julho para agosto, o aspecto negativo foi o fato de só farmacêuticos terem crescido, ponderou o pesquisador.

Sete das oito atividades tiveram retração em agosto ante julho: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%), móveis e eletrodomésticos (-1,6%), tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), combustíveis e lubrificantes (-0,2%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%). As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceram 1,3%.

Segundo Santos, o varejo foi impactado em agosto por indicadores positivos e negativos. Do lado positivo, a massa de renda continuou crescendo e o número de trabalhadores ocupados também avançou, ao mesmo tempo em que os aumentos de preços na economia deram uma trégua.

"Tem também um fenômeno de ligeira deflação geral em agosto, com bastante força na alimentação do domicílio, que é uma coisa que pesa bastante no indicador de supermercados, em termos de volume", apontou Santos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, registrou uma deflação de 0,02% em agosto.

Já pelo lado negativo, Santos menciona que houve uma queda nas concessões de crédito para Pessoa Física. Além disso, as vendas de presentes para o Dia dos Pais se mostraram menos intensas do que em anos anteriores, completou.

Abaixo do recorde de maio

Com o resultado de agosto, o varejo passou a operar 0,7% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2024, segundo os dados da pesquisa, iniciada em 2000.

Já o varejo ampliado está em nível 1,4% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.

O volume de vendas do varejo chegou a agosto em patamar 8,5% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas operam 5% acima do pré-pandemia.

Os segmentos de artigos farmacêuticos, supermercados, veículos, material de construção e combustíveis estão operando acima do patamar pré-crise sanitária. O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 47,2% acima do pré-crise sanitária; supermercados, 11,2% acima; veículos, 10,9% acima; material de construção, 8,2% acima; e combustíveis e lubrificantes, 4,2% acima.

Os móveis e eletrodomésticos estão 8,1% abaixo do nível de fevereiro de 2020; outros artigos de uso pessoal e domésticos, 9,6% aquém; equipamentos de informática e comunicação, 12,0% abaixo; tecidos, vestuário e calçados, 18,0% abaixo; e livros e papelaria, 45,7% abaixo.

Estadão
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