Vendas no comércio crescem 0,6% em julho e acumulam alta de 5,1% no ano, diz IBGE
Resultado no mês superou expectativas do mercado; volume de vendas em julho ficou 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020, no período de pré-pandemia
RIO - As vendas do comércio varejista subiram 0,6% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontavam alta de 0,5%. O intervalo de previsões ia de queda de 0,8% a alta de 1,1%.
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Na comparação com julho de 2023, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,4% em julho de 2024. Nesse confronto, as projeções iam de uma elevação de 2,8% a 7%, com mediana positiva de 4,3%.
As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 5,1% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 3,7%.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício, as vendas subiram 0,1% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal. O resultado contrariou a mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que apontava queda de 0,4%. O intervalo das previsões ia de queda de 1,7% a alta de 0,6%.
Na comparação com julho de 2023, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 7,2% em julho de 2024. Nesse confronto, as projeções variavam de uma elevação de 3,5% a 8%, com mediana positiva de 5,8%.
As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 4,7% no ano e aumento de 3,8% em 12 meses.
Vendas abaixo do patamar recorde
Com o resultado de julho, o varejo passou a operar 0,3% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2024, segundo os dados do IBGE. Já o varejo ampliado está em nível 0,4% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.
Em relação ao período de pré-pandemia, o volume de vendas do varejo chegou a julho em patamar 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020. No varejo ampliado, as vendas operam 6,1% acima do pré-pandemia.
Os segmentos de artigos farmacêuticos, veículos, supermercados, material de construção e combustíveis estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.
O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 45,2% acima do pré-crise sanitária; veículos, 17,3% acima; supermercados, 11,1% acima; material de construção, 7,8% acima; e combustíveis e lubrificantes, 4,4% acima.
Os outros artigos de uso pessoal e domésticos estão 4,1% abaixo do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 6,3% aquém; equipamentos de informática e comunicação, 10,1% abaixo; tecidos, vestuário e calçados, 18,1% abaixo; e livros e papelaria, 44,0% abaixo.