Vendas no varejo brasileiro sobem 0,2% em fevereiro, diz IBGE
Sobre um ano antes, as vendas subiram 8,5% em fevereiro
As vendas no comércio varejista brasileiro registraram leve alta de 0,2% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo mês seguido de ganho, porém mostrando perda de força com moderação no consumo.
Sobre um ano antes, as vendas subiram 8,5% em fevereiro, divulgou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, as vendas haviam avançado 0,4% na comparação mensal. O resultado mensal ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, enquanto a alta anual ficou um pouco acima da mediana de 8,10%.
Segundo o IBGE, apenas três das oito atividades pesquisadas no varejo restrito mostraram alta na comparação mensal, com destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (9,0%) e Combustíveis e lubrificantes (1,6%).
Por outro lado, outras três atividades registraram queda, entre elas Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%). O restante registrou estabilidade nas vendas.
O IBGE informou ainda que a receita nominal do varejo registrou avanço de 0,2% em fevereiro sobre janeiro e alta de 13,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já o volume de vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, registrou queda de 1,6% em fevereiro na comparação mensal, após ter subido 2,8% em janeiro.
O comércio varejista brasileiro vem convivendo com cenário de juros e inflação elevados, o que acaba afetando o consumo de forma geral por encarecer as operações de crédito.
Esse cenário afetou a confiança do consumidor no início do ano. Apesar de ter registrado ligeira melhora em março ao interromper três meses de queda, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), ela ainda mostra desânimo em relação ao futuro.
A expectativa geral é de que a economia brasileira, no geral, desacelere o ritmo de expansão neste ano. Após o Produto Interno Bruto (PIB) ter avançado 2,3% em 2013, pesquisa Focus do Banco Central aponta que a expectativa dos economistas consultados é de expansão de 1,65% em 2014.