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Vendas nos supermercados aumentam no primeiro quadrimestre

Ovos de Páscoa ajudaram a estabilizar vendas nos supermercados

31 mai 2016 - 17h30
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As vendas dos supermercados tiveram alta de 0,24% no acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, comparadas a igual período do ano passado. Em valores reais, os negócios em abril foram 5,87% menores do que em março e 2,5% abaixo do mesmo mês de 2015.

Em valores normais, as vendas caíram 5,29% sobre março. Mas já em comparação a abril do ano passado, houve uma alta de 6,54% e, no cumulado do ano, uma expansão de 10,22%.
Em valores normais, as vendas caíram 5,29% sobre março. Mas já em comparação a abril do ano passado, houve uma alta de 6,54% e, no cumulado do ano, uma expansão de 10,22%.
Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Os dados são da pesquisa em torno do Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e todas as variações já têm descontadas o efeito inflacionário com base do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em valores normais, as vendas caíram 5,29% sobre março. Mas já em comparação a abril do ano passado, houve uma alta de 6,54% e, no cumulado do ano, uma expansão de 10,22%.

O presidente da Abras, Sussumu Honda observou que o recuo é efeito da sazonalidade, já que as vendas de Páscoa, que, tradicionalmente, ocorrem em abril, neste ano foram concentradas em março. Segundo Honda, o resultado do momento é uma estabilidade, mas ele acha prematuro apontar tendência de crescimento, embora se mostre otimista com a possibilidade de uma retomada das atividades no país.

“Ainda há muitas expectativas em relação à política econômica, com a mudança de governo e com a espera de um duro ajuste fiscal; mas os resultados dos últimos dois meses parecem nos dar alguns indícios de que começamos a encontrar o caminho do crescimento outra vez”, disse o executivo.

Sussumu Honda afirmou que o bom desempenho de alguns segmentos como o agronegócio, principalmente no que se refere à exportação de commodities (produtos primários com cotação internacional) tem ajudado a contornar a queda de demanda.

O levantamento, feito em parceria da Abras com a empresa de pesquisa de mercado GFK, indica que o preço dos 35 produtos mais consumidos subiram em média 0,9%, passando de R$ 461,12 (em março) para R$ 465,28 (em abril). Essa taxa foi superior ao IPCA do período (0,61%).

Em comparação a abril do ano passado, a cesta ficou 17,36% mais cara. Entre as maiores altas está a batata, com 17,36% de correção sobre março. No acumulado de janeiro a abril, o preço médio desse produto subiu 31,25% e, em 12 meses, 61,12%. A segunda maior elevação foi o leite longa vida com 9,85% sobre março; 19,44% no ano e 28,37% em 12 meses.

A pesquisa mostra que a elevação da cesta teve influência também dos produtos de higiene pessoal cujos preços aumentaram em média 5,96% sobre março; 6,84% no ano e 22,3% em 12 meses.

Os três itens em queda sobre março foram o tomate (-15,15%), o ovo (-4,48%) e a carne do traseiro (-3,61%).

Por região, os estados do Sudeste foram as localidades com a maior alta (2,86%) e valor médio de R$ 451,04. O Nordeste aparece com variação de 2,25% e valor de R$ 412,70. No Sul, a cesta ficou 0,33% mais cara, passando para R$ 503,13 e o Norte, que teve o valor mais elevado, de R$ 504,76, apresentou recuo sobre março de 0,24%. Também ocorreu ligeira redução na região Centro-oeste (-0,28%) com valor de R$ 446,13.

Agência Brasil Agência Brasil
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