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Viagem internacional barata? Veja os destinos na América Latina onde o real vale mais

Quase todos os países que integram o bloco apresentaram desvalorização cambial em relação à moeda brasileira no último ano; indicadores como Big Mac Index e Zara Index podem ajudar a definir destino

6 ago 2023 - 03h10
(atualizado às 06h36)
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Fazer viagens internacionais foi um luxo que os brasileiros viram ficar cada vez mais caro nos últimos anos, principalmente por conta da desvalorização do real frente ao dólar (a moeda americana foi de R$ 3,80 no início de 2019 para R$ 5,30 no final de 2022, e hoje está em R$ 4,90) e também pela inflação no turismo global, que cresceu na pandemia. Mas cruzar as fronteiras e conhecer novos países ainda é uma possibilidade quando os turistas começam a olhar para destinos mais próximos, como os vizinhos da América Latina.

País exige teste antígeno na chegada -
País exige teste antígeno na chegada -
Foto: Turismo de Bariloche/Divulgação / Estadão

A explicação para isso está no fato de que, apesar de o real ter se desvalorizado frente às moedas mais fortes, os vizinhos viram seu câmbio ter uma desvalorização ainda maior. Com isso, o poder de compra dos brasileiros nessas regiões acabou subindo. Um dos principais exemplos é a Argentina: em um ano, o peso perdeu 56% de seu valor na comparação com o real.

Na verdade, com exceção da Costa Rica e do Paraguai, nos últimos 12 meses, quase todos os países latino-americanos apresentaram desvalorização de suas moedas ante o real. O pior desempenho é o da Venezuela (-82%), que não pode, no entanto, ser considerado hoje exatamente um polo turístico.

O maior poder de compra do brasileiro em alguns países da América Latina também aparece em outros indicadores. Um deles é o "Zara Index", criado pelo banco BTG para comparar a economia de diferentes países em que a rede espanhola de fast fashion tem operações, levando em conta uma cesta com 12 itens vendidos pela varejista.

Luiz Guanais, da área de pesquisas de mercado do BTG, explica que, apesar de o indicador ter uma função de análise macroeconômica, os turistas brasileiros podem se inspirar para verificar o poder de compra do real em cada país utilizando peças de roupa. "Essa é uma comparação que pode ser claramente feita. Um consumidor brasileiro que vai para o Chile comprar a mesma peça de roupa vai ver que lá ela é bem mais barata do que aqui", diz Guanais.

Como se preparar

Bernardo Brites, presidente da fintech Trace Finance, afirma que a melhor forma de aproveitar o cenário de valorização do real é se programando para realizar uma viagem internacional. O executivo orienta que os futuros viajantes se atentem às opções de compra de moeda, como os cartões de conta global e de viagem, oferecidos por empresas como Wise, C6, Western Union, entre outras. "Nos bancos tradicionais, as taxas de câmbio costumam ser bem mais altas do que nessas empresas", aponta.

Brites também recomenda que os turistas se atentem para os programas de fidelidade de redes de hotel e companhias aéreas, que podem ajudar a ter melhores opções de passagem e hospedagem sem precisar desembolsar mais dinheiro por isso. "Assim, é possível criar uma relação com as marcas. Isso pode te ajudar a ter um upgrade na sua viagem sem gastar mais por isso."

Estadão
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