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Vida de Empreendedor

Conheça a rede de lojas de açaí que chegou a 13 Estados, tem Caio Castro como sócio e faturamento de milhões

JAH Açaí começou em uma cidade do interior de Minas Gerais e, hoje, tem quase 180 lojas por todo o Brasil, no modelo de franquias

6 dez 2024 - 05h00
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Resumo
Rafael Corte superou o fracasso com uma franquia de paletas mexicanas e se tornou um dos sócios da bem-sucedida rede de franquias de açaí JAH Açaí, com faturamento previsto de mais de R$ 130 milhões este ano.
Daniel Dutra, Caio Castro e Rafael Corte são sócios no JAH Açaí
Daniel Dutra, Caio Castro e Rafael Corte são sócios no JAH Açaí
Foto: Divulgação

Da frustração ao aprendizado. Mais ou menos com essas duas palavras é possível resumir a trajetória de Rafael Corte, de 40 anos, como empreendedor. Sua experiência de fracasso com uma franquia de paletas mexicanas, que foram febre no Brasil lá pelos idos de 2013, lhe deu o conhecimento necessário do que não fazer, e, hoje, ele é um dos sócios do JAH Açaí, uma rede com 179 lojas por todo o Brasil e projeção de faturar mais de R$ 130 milhões este ano.

Ao lado dele está o fundador do negócio, Diego Dutra, e um outro nome muito conhecido do público geral: o ator Caio Castro, que se juntou ao time de sócios em 2020. Mas quem vê os números atrativos de 2024 nem imagina que tudo começou com o prejuízo de cerca de R$ 500 mil, após Corte investir em uma franquia de paleta mexicana.

“Franquia não é vender sonho. Franquia é você vender know-how, é você vender aprendizado. Só que, em geral, as pessoas vendem sonhos. Falam que vai dar tudo certo, e aí você investe como se fosse um bilhete premiado, quando você não tem a real maturidade para entender onde você está se enfiando, que era o meu caso”, conta Corte.

O prejuízo atingiu não só a ele, que tinha largado o emprego para se dedicar ao negócio, como sua família, que havia colocado aportes financeiros na produção das paletas. Foi por esse compromisso com os familiares que Corte decidiu continuar as vendas do picolé, mesmo não indo para frente.

“Eu tinha uma fábrica que produzia picolé, aí eu comprei 17 freezers, fui estudar sorvete para melhorar a receita e construí uma marca, que no início era a Penguins. E saí vendendo picolé de porta em porta. Parava em tudo, desde salão de cabeleireiro, até boteco, restaurante, tudo que eu achasse que poderia caber um freezer de sorvete, eu entrava”, conta.

Numa dessas andanças, se deparou com uma unidade do JAH Açaí, que já existia e era comandada por Diego Dutra, em Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais. Rafael, então, pediu para colocar um freezer do seu picolé ali e, notando o movimento do negócio, veio a ideia de chamar para uma parceria.

Do interior de MG para franquias em todo o BR

Rafael Corte vinha com uma bagagem do mundo corporativo, tendo trabalhado em grandes empresas por muitos anos. Já Diego se tornou empreendedor por necessidade, cansado da rotina exaustiva que levava como trabalhador com carteira assinada.

“A primeira pergunta que eu fiz para ele foi: ‘Você já pensou em franquear isso?’ Ele falou que já, mas não sabia como fazer. Eu falei: ‘Olha, eu não sei o que você tem que fazer, mas eu sei tudo o que você não pode fazer, por causa da experiência que tive’”, relembra Rafael.

Daí, os dois passaram a estudar o mercado e as formas de expandir o negócio. Em 2016, abriram a primeira loja no modelo de franquia, em Belo Horizonte. Depois, a expansão chegou a outros Estados e marcando presença em Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Em 2020, com o sucesso do negócio, Diego e Rafael aproveitaram uma ponte que tinham com o ator Caio Castro para oferecer uma participação societária na marca. Eles conheciam o empresário de Caio, que é conhecido por diversificar seus investimentos em vários ramos para além da atuação. A ideia era que o vínculo fortalecesse a construção de imagem do JAH Açaí.

Modelo de negócio

Para se tornar um franqueado do JAH Açaí, existem algumas opções. A mais barata é para quem já tem uma loja em funcionamento e quer colocar o maquinário e os produtos do JAH nela. Para isso, o investimento é em torno de R$ 150 mil.

Depois existe o modelo de quiosque, com investimento em torno de R$ 300 mil. Ainda tem a opção de investir em um container ou uma loja de shopping, com valores um pouco mais altos.

Segundo Rafael Corte, o faturamento médio é de R$ 70 a R$ 75 mil, com cerca de 20% de margem de lucro líquido.

A ideia no futuro é alçar voos ainda maiores. Rafael tem em mente que o mercado de consumo de açaí ainda está se expandindo e, em breve, o JAH Açaí poderá chegar a outros países, como os Estados Unidos.

Fonte: Redação Terra
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