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Vida de Empreendedor

Negócio que começou dentro de casa se torna rede de delivery de ‘pratinho de festa' em Pernambuco

Nascida no início dos anos 2000, a Delikata deu um boom durante a pandemia, quando chegou a sete lojas impulsionada pelo delivery

4 nov 2024 - 05h02
(atualizado em 5/11/2024 às 09h40)
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Resumo
A Delikata, marca de salgados de festa em Pernambuco, começou na cozinha de uma casa em Olinda e hoje conta com sete lojas no Recife e região metropolitana.
O publicitário Clayton Rodrigues está à frente da Delikata, negócio iniciado pelos pais em 2001
O publicitário Clayton Rodrigues está à frente da Delikata, negócio iniciado pelos pais em 2001
Foto: Arquivo Pessoal/Clayton Rodrigues

Ir numa festa e montar um pratinho para levar para mainha. Essa foi a lembrança afetiva que impulsionou a marca Delikata a se tornar um verdadeiro império no ramo de salgados de festa em Pernambuco. Nascida no início dos anos 2000, na cozinha de uma casa em uma comunidade em Olinda, hoje a marca conta com sete lojas espalhadas pelo Recife e região metropolitana, tendo como carro-chefe o “pratinho de mainha”.

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O produto consiste em um pequeno kit com itens de festa de aniversário na medida certa para uma pessoa. Vem bolo, docinhos e salgados à escolha do cliente, como em um buffet de festa tradicional, mas sem a necessidade de se arrumar ou sair de casa.

Segundo Clayton Rodrigues, 39, sócio e filho do casal que originou a Delikata, a ideia surgiu durante uma reunião para aprimorar uma data comemorativa inventada pela marca, o “Dia dos Adultinhos”. Na data que era celebrada na semana seguinte ao Dia das Crianças, as lojas produziam salgados e doces que remetessem aos anos 1980 e 1990.

“A gente fazia a decoração da loja e a venda de quitutes de festa dos anos 80 e 90. Então a gente lançou o beijinho no papel, o cajuzinho, o hot dog, o bolo com bolinha prateada, toda essa coisa do universo dos aniversários de antigamente”, conta Clayton.

Para juntar todos esses produtos em um só, é que veio a ideia do “pratinho de mainha”. E ficou. “Isso foi no final de 2007 e até hoje é o nosso produto mais vendido”, afirma o empresário e publicitário.

O início da marca

A Delikata começou com a mãe de Clayton, que fazia doces, salgados e bolo para as festas da família. Ela ganhou fama no bairro onde moravam e foi chamada para fazer sua primeira encomenda para fora, uma festa de casamento. O pedido era grande, a deixando apreensiva por ter aceito e envolveu toda a família na produção.

“A gente virou a noite para fazer essa entrega, mas é muito simbólico para a nossa história, porque sinalizou o empenho que a gente poderia ter para concluir aquele pedido. Quando o pedido foi entregue, minha mãe caiu aos prantos, porque ela imaginou que pudesse estragar o casamento de uma pessoa”, relembra Clayton.

A partir daí, o negócio foi crescendo organicamente. “Surgiu outro pedido e outro pedido, e aí a coisa foi se estruturando”, conta. Daquele casamento até a empresa ganhar um espaço físico, nome e CNPJ, se passaram três anos. Mas, apesar de natural, o crescimento também se deu de forma amadora.

Clayton era adolescente quando as encomendas começaram a deslanchar e tem lembranças negativas referentes a esse período. A demanda era tanta que datas como o Natal e as próprias festas de aniversário uns dos outros perdiam a graça.

“A gente sentia falta de ver um filme no domingo, Temperatura Máxima, o almoço em família… A gente sempre estava cansado, a gente sempre estava trabalhando”, relembra.

Nesse meio tempo, ele se formou e um colega propôs que abrissem um espaço da Delikata no bairro Casa Forte, o mais rico do Recife. Foi nesse momento que houve a virada de deixar de oferecer apenas encomendas de salgados e doces para se tornar uma verdadeira loja especializada em festas.

“Meus pais ficaram com a parte de produção, de cardápio. Então o sabor dos produtos ficava ainda a cargo dos fundadores e a gente reformulou o formato de venda. E aí eu saio da fábrica e entro com esse meu sócio. É quando a gente começa a ter o produto disponível ali na vitrine para que o cliente chegue lá e procure”, conta Clayton.

Sucesso online

Nas redes sociais da Delikata não é difícil encontrar pessoas de outros estados perguntando se existe uma forma de comprar da marca. Apesar do sucesso, Clayton afirma que não tem intenção de expandir o negócio para fora de Pernambuco por enquanto. Primeiro, ele quer deixar tudo nos trinques em casa, antes de querer alçar voos mais altos.

Foi o sucesso na internet, inclusive, que impulsionou o crescimento da empresa. Durante a pandemia de covid-19, quando vários empreendimentos estavam fechando, a Delikata cresceu de forma vertiginosa. Saíram de três lojas para as setes atuais, que são todas administradas por Clayton e seu sócio, sem franquias.

“Quando tudo precisou fechar e as pessoas precisavam consumir online, receber em casa, o fato de a gente ter essa estrutura e já ter uma conexão com as pessoas e estar falando sobre as dificuldades da pandemia de uma maneira muito transparente a ponto, às vezes, de chorar. A gente meio que estava dividindo a nossa dor com os seguidores e deu um boom para a gente”, relembra o empresário.

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Atualmente, o faturamento mensal da Delikata está na casa do milhão. Sempre próximo às festas de fim de ano, esse valor tende a aumentar. Além dos kits individuais, a empresa continua realizando encomendas para festas.

Fonte: Redação Terra
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