Vivo bate recorde de novos clientes em fibra na pandemia
Segundo trimestre foi marcado pela retração econômica, mas rendeu 210 mil novos assinantes para a empresa
Apesar de ter sido impactada pela retração econômica desencadeada no País com a pandemia do novo coronavírus, a Telefônica Brasil (Vivo) bateu recorde de novos clientes em fibra no segundo trimestre. Foram 210 mil novos assinantes do serviço, chegando a 2,9 milhões de acessos - um crescimento de 32% quando comparado com igual período do ano anterior.
A necessidade do home office e do uso de internet para estudos e outras atividades colaboraram para o feito. Os investimentos no trimestre somaram R$ 1,9 bilhão, com foco na expansão da rede de fibra, que entre abril e junho chegou em 30 cidades - atingindo 216 municípios-, e na ampliação da cobertura 4.5G, hoje em mais de 1,3 mil cidades.
"Ao longo do segundo trimestre enfrentamos todas as incertezas da pandemia de forma muito resiliente para manter a mesma qualidade prestada. O cenário de retração econômica influenciou a performance financeira da empresa, mas ainda assim entregamos um resultado consistente. Durante o período mais intenso do isolamento social, chegamos a registrar um aumento de 40% no volume de tráfego em nossas redes", conta o presidente da empresa, Christian Gebara.
De acordo com a empresa, as receitas de fibra já representam 47,8% da receita de banda larga, que teve alta de 6,7% no período. O negócio móvel foi resiliente no segundo trimestre e elevou em 1% seus acessos, com market share de 33%, maior percentual registrado nos últimos 14 anos. O pós-pago, que lidera os destaques deste segmento, cresceu 3,4% no comparativo anual, representando 57,9% do volume total, e segue no topo com 39% de market share.
Fibra mantém relevância durante a pandemia
A receita de banda larga cresceu 6,7% em comparação ao ano anterior, impulsionada pelas vendas de fibra que evoluíram 47,6% no trimestre. No segmento de TV por assinatura, o IPTV teve aumento de 22,3% na receita e alta de 24,3% de acessos entre abril e junho. O crescimento contribuiu para minimizar a redução de 12,4% na receita total de TV e de 13% nos acessos, reflexo da estratégia mais seletiva, com foco em produtos de maior valor, como o IPTV e da decisão estratégica da Companhia de descontinuar as vendas da tecnologia DTH.
A receita líquida total dos serviços fixos caiu 5,1% no comparativo anual, influenciada pela queda em voz e TV por assinatura, mas compensada parcialmente pelas receitas de banda larga e dados corporativos, que cresceu 4,6% em função do bom desempenho de serviços como dados, cloud, segurança, serviços de TI e vendas de equipamentos.
A receita do serviço móvel caiu 1,5% no trimestre. O pós-pago sofreu menor impacto, com leve queda de 0,7%, enquanto no pré-pago a redução foi de 4,9%, em linha com a diminuição das atividades comerciais. A receita líquida móvel total reduziu 5,1%, reflexo da menor receita do serviço móvel e menor volume de vendas em aparelhos, com diminuição de 40,9% em relação ao igual trimestre do ano anterior.
As perspectivas em relação à pandemia ainda são incertas no Brasil, mas o início da retomada da economia, ainda que gradual, deve fortalecer o consumo nos próximos meses. Ao final de junho, cerca de 80% das lojas da Vivo já haviam voltado às atividades, com a atenção redobrada e seguindo todas as orientações dos protocolos de prevenção à contaminação do novo coronavírus.
Loja Vivo
Com o isolamento social, as pessoas estão mais interessadas em serviços digitais e conectividade. Recentemente, a companhia reforçou esse conceito ao lançar sua plataforma Marketplace, a Loja Vivo, com diversas marcas de tecnologia e ofertas que vão de notebooks a refrigeradores. A intenção é se tornar uma “one stop shop”, ou seja, oferecer ao cliente tudo o que precisa em serviços e itens digitais em um só lugar.
Energia renovável
A Vivo reforça seu compromisso com os critérios ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). Como parte de sua política de adotar as melhores práticas no uso de energia renovável, a empresa passará a produzir sua própria energia por meio do modelo de geração distribuída.
Serão utilizadas fontes renováveis de origem solar (61%), hídrica (30%) e de biogás (9%). A iniciativa abrange todas as regiões do País e responderá por mais de 80% do consumo da Vivo em baixa tensão. Além de contribuir com o meio ambiente, a medida deve gerar uma economia anual nos gastos com energia e impulsionar o desenvolvimento local das comunidades onde as usinas estão sendo implantadas.
Em 2019, o consumo de energia 100% renovável permitiu à Vivo reduzir em 50% suas emissões diretas e indiretas de CO2 e neutralizou as emissões dos gases causadores do efeito estufa, a partir da aquisição de créditos de carbono convertidos em projetos socioambientais na região amazônica e no sertão nordestino. A iniciativa colocou a Vivo na liderança do setor e antecipou em 10 anos sua meta de ser carbono neutro, prevista para 2030.
Como contribuição à economia circular, o programa Recicle com a Vivo, que existe desde 2006, coletou 111 toneladas de lixo eletrônico para reciclagem. A iniciativa mantém 1,6 mil pontos de coleta disponíveis em lojas e revendas em todo o País. Em 2019, as urnas do Recicle com a Vivo receberam 6,6 toneladas de equipamentos e acessórios, o equivalente e 113 mil itens.
Durante a pandemia, a Fundação Telefônica Vivo destinou, de forma extraordinária, cerca de R$38 milhões para hospitais públicos de 12 estados brasileiros, contribuindo para a compra de insumos e equipamentos para as UTIs e para a alimentação de 60 mil famílias em extrema pobreza. Ainda no período, reforçou o conteúdo de formação continuada de educadores e alunos, com cursos gratuitos durante o período de fechamento das escolas públicas no País. As plataformas online disponibilizam conteúdo para professores, pais e alunos complementarem a rotina de estudos em casa. Foram adquiridos ainda 200 respiradores importados da China, em parceria com o banco Santander Brasil.