Voepass demite 'parte do quadro de funcionários' após suspensão de operação pela Anac

A Voepass anunciou ter demitido parte do seu quadro de funcionários para se readequar "à nova realidade da empresa", após a suspensão das operações por ordem da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em nota, a companhia aérea não detalhou o número de pessoas demitidas, mas constam na lista de desligamento funcionários da tripulação, aeroportuários e pessoas de áreas de apoio.

Segundo a Voepass, a suspensão temporária de sua operação provocou um impacto direto no caixa da companhia. A empresa já estava em processo de reestruturação financeira, tendo ajuizado um pedido de tutela preparatória em fevereiro deste ano.

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A decisão da Anac ocorreu há cerca de um mês, em 11 de março, por falta de segurança. A agência estava fiscalizando a Voepass desde que um avião da companhia caiu sob um condomínio residencial em Vinhedo (SP), em agosto do ano passado. O acidente matou 62 pessoas.

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Na ocasião da suspensão, a Anac afirmou que a medida permanecerá em vigor "até que se comprove a correção de não conformidades relacionadas aos sistemas de gestão da empresa previstos em regulamentos".

Ainda na nota em que anunciou as demissões, a Voepass diz que está adotando todas as medidas necessárias para demonstrar sua capacidade operacional para restabelecer seu Certificado de Operador Aéreo (COA) pela ANAC, com o objetivo de retomar suas atividades o mais breve possível. 

"A companhia ressalta que, mesmo diante de todos os desafios que vem enfrentando, sempre teve como objetivo preservar o máximo de empregos possíveis e manter a sua sustentabilidade no longo prazo; e com isso manter seu compromisso de conectar o interior do Brasil aos grandes pólos", afirma trecho do texto.

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Com relação às demissões, a companhia diz que está tratando do assunto diretamente com os sindicats das categorias envolvidas e dando sequência nas tratativas relacionadas às questões trabalhistas.

A Voepass tem 30 anos de história, carregando o título de mais antiga companhia aérea em operação no país. Enquanto estava operando normalmente, a empresa, que é formada pela Passaredo Transportes Aéreos e pela Map Linhas Aéreas, vinha atuando com uma frota de seis aeronaves com voos para 16 destinos.