Wall St avança após Fed indicar cortes nos juros; Apple atinge pico recorde
Os principais índices de Wall Street subiam nesta quinta-feira, com a gigante da tecnologia Apple registrando máxima recorde, um dia depois de o Federal Reserve indicar o fim de sua agressiva campanha de aumento dos juros e sinalizar que os custos dos empréstimos serão menores no próximo ano.
O Fed deixou a taxa de juros inalterada na quarta-feira, conforme esperado, com o chair Jerome Powell dizendo que o aperto histórico da política monetária provavelmente chegou ao fim já que a inflação está caindo mais rápido do que o esperado, e que as discussões sobre cortes estão "à vista".
O Fed aumentou sua taxa básica de juros em 525 pontos-base desde março de 2022, em um esforço para conter a inflação em máximas de décadas. Na quarta-feira, 17 das 19 autoridades do Fed projetaram que a taxa de juros será menor até o final de 2024.
A mudança "dovish" no comunicado do banco central desencadeou um rali das ações, com o índice Dow Jones registrando novos recordes intradiários na quinta-feira.
"Os investidores estão se sentindo bastante otimistas em relação à previsão de três cortes nos juros para o próximo ano", disse Chris Zaccarelli, diretor de investimentos da Independent Advisor Alliance.
Os mercados monetários agora veem uma chance de 83,3% de pelo menos um corte de 25 pontos-base em março de 2024, em comparação com cerca de 50% antes da decisão de política monetária, enquanto precificam quase totalmente outro corte em maio, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
As ações da Apple ganhavam 0,7%, subindo para um pico intradiário de 199,62 dólar, ultrapassando a máxima de julho.
Às 12:28 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,18%, a 37.155,16 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,43%, a 4.727,29 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançava 0,51%, a 14.809,27 pontos.