Wall St recua com Trump e distúrbios em Hong Kong minando o sentimento
Os principais índices de Wall Street caíam nesta segunda-feira, com os comentários do presidente Donald Trump reduzindo o otimismo em torno de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, enquanto a crescente violência em Hong Kong aumentava as preocupações dos investidores.
Esperanças quanto à "primeira fase" do acordo para acabar com a guerra comercial e balanços corporativos bastante positivos haviam impulsionado um rali que ajudou os três principais índices de ações a alcançar níveis recordes na sexta-feira.
Mas Trump disse no sábado que os Estados Unidos só fariam um acordo se fosse o "acordo certo" para os EUA, acrescentando que as negociações têm sido mais lentas do que ele gostaria.
Nove dos 11 principais setores da S&P 500 tinham baixa nesta segunda, liderados pelo setor de energia.
As ações de tecnologia cediam 0,2%, entre as maiores influências negativas no S&P 500, devido à fraqueza de fabricantes de chips, que têm boa parcela de vendas na China. O setor industrial, sensível ao comércio, também recuava 0,4%. A contínua violência em Hong Kong golpeava o sentimento depois que a polícia disparou e feriu um manifestante na 24ª semana consecutiva de distúrbios pró-democracia no território governado pela China.
"Você tem a China envolvida em duas variáveis principais agora, o que parece estar causando algum nervosismo", disse Andre Bakhos, diretor da New Vines Capital LLC em Bernardsville.
Às 12:44 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,4%, a 27.570 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,285799%, a 3.084 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,22%, a 8.456 pontos.