Wall Street: empresas argentinas desabam com desvalorização do peso
As empresas argentinas que têm ações em Wall Street desabaram nos últimos dias em meio a forte desvalorização sofrida pelo peso e que levou ao Banco Central argentino a intervir no mercado de divisas.
O governo argentino conseguiu frear nesta sexta-feira a queda do peso ao anunciar de surpresa que permitirá a particulares adquirirem moeda estrangeira para poupança em função da renda declarada, o que na prática representou a suspensão das medidas de restrição a compra de dólares.
As empresas argentinas que cotam em Nova York há vários dias acumulam fortes quedas, motivadas pela preocupação com as notícias vindas de Buenos Aires, onde o Banco Central (BCRA) aprovou na quinta-feira uma injeção de US$ 100 milhões.
Após chegar ao valor máximo de 8,40 pesos por US$ 1, a moeda argentina moderou na quinta-feira a baixa e fechou a 7,75, mesmo assim foi sua pior queda desde 2002, quando o país sofria uma severa crise econômica que obrigou a abandonar a paridade com o dólar então vigente.
A mais castigada em Wall Street foi a companhia petrolífera YPF, que viu suas ações na Bolsa de Nova York caíram hoje -4,52%, tendo perdido nos últimos cinco dias mais de um quarto do valor (-27,47%).
Os títulos da Telecom Argentina, controlada pela americana Fintech, desceram -7,42%, para fechar a semana com -15,13%, e Petrobras Argentina caiu só hoje -7,98%, acumulando desvalorização de -13,13%.
Também fecharam em baixa nesta sexta-feira as da energética Pampa Energia (-0,95%), que somou na semana uma redução de- 18,63%.
Os títulos da agropecuária Cresud, cotadas no mercado Nasdaq, também caíram durante a jornada -6,76%, e os da distribuidora elétrica Edenor desceram -2,86% e fecharam a semana com uma desvalorização de -14,29%.