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Wall Street recua sob o peso de ações financeiras e em meio a incertezas comerciais

27 ago 2019 - 18h36
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Os índices de Wall Street recuaram nesta terça-feira, pressionados pelas ações financeiras, com o aprofundamento da inversão da curva de juros do Tesouro norte-americano aumentando as preocupações com a recessão nos Estados Unidos e a incerteza sobre o progresso nas negociações comerciais entre Washington e Pequim também afetando o cenário.

Operadora trabalha na Bolsa de Nova York (NYSE) 
26/08/2019
REUTERS/Andrew Kelly
Operadora trabalha na Bolsa de Nova York (NYSE) 26/08/2019 REUTERS/Andrew Kelly
Foto: Reuters

As ações dos EUA inicialmente avançaram, dando continuiade à alta de segunda-feira, conforme o presidente Donald Trump previa outra rodada de negociações com a China. O Ministério das Relações Exteriores da China, no entanto, reiterou na terça-feira que não recebeu nenhuma ligação telefônica recente dos EUA sobre a questão comercial.

Um aprofundamento da inversão na curva de juros entre os títulos do Tesouro dos EUA de 2 e 10 anos reforçou preocupações com o enfraquecimento da economia global.

"Vai ser muito confuso e, infelizmente, sem algum tipo de retrocesso importante no comércio, talvez para desacelerar e empurrar as coisas, a economia vai sofrer", disse Jack Ablin, diretor de investimentos da Cresset Capital Management em Chicago.

O Dow Jones Industrial Average caiu 124,66 pontos, ou 0,48%, para 25.774,17, o S&P 500 perdeu 9,53 pontos, ou 0,33%, para 2.868,85, e o Nasdaq Composite caiu 26,79 pontos, ou 0,34%, para 7.826,95.

As ações financeiras, que tendem a enfraquecer em cenário de maior fragilidade econômica e com taxas de juros mais baixas, perderam 0,72%, enquanto o setor de utilidades defensivas liderou os grupos em avanço, subindo 0,14%.

O S&P 500 perdeu quase 4% em agosto, devido às preocupações com o impacto da intensificação da guerra comercial EUA-China sobre a desaceleração da economia global e os lucros das empresas, juntamente com a incerteza quanto ao ritmo de cortes nas taxas de juros dos EUA pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Com a próxima reunião do Fed agendada para meados de setembro, os investidores estão avaliando a força da economia norte-americana em busca de pistas sobre a direção das taxas. A divulgação, na próxima semana, dos relatórios mensais de empregos e de produção industrial fornecerá aos investidores novos fatores a serem considerados antes do anúncio da política.

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