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Yellen diz que tarifas altas nos EUA é "profundamente equivocado" e aumentariam os preços

17 out 2024 - 08h11
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A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, dirá nesta quinta-feira que isolar a economia norte-americana como proposto pelo candidato republicano à Presidência, Donald Trump, seria "profundamente equivocado", aumentando os preços para os consumidores e tornando as empresas do país menos competitivas.

Yellen, em trechos de comentários a serem proferidos na tarde de quinta-feira no Conselho de Relações Exteriores em Nova York, disse que os EUA não podem se dar ao luxo de voltar às ações unilaterais do passado para promover seus próprios interesses econômicos e de segurança nacional.

Yellen não citou Trump especificamente, mas se referiu a seus pedidos de aumentos acentuados de tarifas. Trump propôs aumentar as tarifas para 10% a 20% sobre praticamente todas as importações dos EUA e para pelo menos 60% sobre as importações da China, com ameaças específicas de até 200% sobre empresas individuais, como a John Deere, se elas transferirem parte da produção para o México.

Na quarta-feira, Trump chamou tarifas de "a palavra mais bonita do mundo", argumentando que elas estimulariam o crescimento da produção dos EUA.

"(A idéia de) isolar os Estados Unidos com altas tarifas sobre amigos e concorrentes ou para tratar até mesmo nossos aliados mais próximos como parceiros transacionais são profundamente equivocados", disse Yellen nos trechos divulgados pelo Tesouro. "Tarifas abrangentes e não direcionadas aumentariam os preços para as famílias americanas e tornariam nossas empresas menos competitivas."

Uma abordagem do tipo "seguir sozinha" para a política externa e econômica - como a adotada quando Trump era presidente - tornaria praticamente impossível avançar com os interesses econômicos e de segurança nacional dos EUA hoje, disse Yellen, incluindo pressionar a Rússia sobre sua invasão da Ucrânia, melhorar a segurança da cadeia de suprimentos ou abordar as políticas industriais agressivas da China.

Yellen enfatizou a necessidade de criar uma relação econômica mais saudável com a China, mas argumentou contra o corte de laços com Pequim.

"O comércio e os investimentos com a China podem trazer ganhos significativos para as empresas e os trabalhadores norte-americanos e devem ser mantidos", disse Yellen. "Mas também precisamos ter um relacionamento econômico saudável baseado em condições equitativas."

Barreiras ao acesso ao mercado na China e práticas comerciais injustas causam desafios para empresas e trabalhadores norte-americanos e para empresas estrangeiras que desejam operar na China, disse Yellen, acrescentando que essas políticas estão alimentando o excesso de capacidade industrial em setores críticos, ameaçando a viabilidade das empresas norte-americanas e mantendo os produtores estrangeiros dependentes das cadeias de oferta chinesas.

Yellen também defendeu os aumentos acentuados de tarifas do presidente norte-americano, Joe Biden, sobre importações estratégicas chinesas, como veículos elétricos, semicondutores e células solares, acrescentando que os aliados dos EUA estão tomando e considerando medidas semelhantes.

"Esse crescente consenso internacional é uma indicação poderosa para a China de que ela deve mudar suas práticas", disse ela.

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