Script = https://s1.trrsf.com/update-1727287672/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Zona do euro registra maior inflação da história

30 set 2022 - 10h28
Compartilhar
Exibir comentários

Taxa nos 19 países que adotam a moeda comum europeia atinge recorde de 10% em setembro. Alta foi puxada por aumento dos preços de energia causado pela guerra na Ucrânia.A inflação nos 19 países europeus que adotaram o euro como moeda atingiu o recorde de 10% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30/09) pela agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat. Essa é a taxa mais alta já registrada desde a adoção da moeda comum, em 2002.

Preços de energia na zona do euro subiram 40,8% em relação a setembro do ano passado
Preços de energia na zona do euro subiram 40,8% em relação a setembro do ano passado
Foto: DW / Deutsche Welle

A inflação segue a tendência de aumento na zona do euro registrada nos últimos meses. Em agosto, a taxa foi de 9,1%. Há um ano a inflação era de apenas 3,4%.

A alta da inflação, puxada pelos preços da energia elétrica e gás natural, sinaliza um inverno de recessão para uma das maiores economias do mundo. Os cortes no fornecimento de gás natural pela Rússia em meio à guerra na Ucrânia e os gargalos no abastecimento de matérias-primas e peças em meio à recuperação da economia mundial após a pandemia de covid-19 contribuiu para esse cenário.

De acordo com a Eurostat, os preços de energia subiram 40,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Já os preços dos alimentos, álcool e tabaco subiram 11,8%, e os de produtos industrializados, 5,6%.

Com uma inflação de 24,2%, a Estônia foi o país que registrou a maior taxa em setembro. O país foi seguido pela Lituânia, com 22,5%, Letônia, com 22,4%, e Holanda, 17,1%. A França teve o menor aumento no bloco, com 6,2%. Já a Alemanha registrou 10,9%, quando calculada de acordo com os padrões europeus, ou10%, segundo estimativa do Departamento Federal de Estatística do país (Destatis).

O aumento dos preços está minando o poder aquisitivo dos consumidores da zona do euro, que estão deixando de gastar em serviços e outros. Por isso, economistas preveem uma recessão ou uma desaceleração econômica longa para a região para o final deste ano e início do próximo.

Os países da UE lançaram vários pacotes de ajuda, que equivalem a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, para tentar conter o impacto do aumento dos preços entre os cidadãos. Para combater a inflação, o Banco Central Europeu (BCE) passou a aumentar as taxas de juros. Em setembro, o banco elevou sua principal taxa de juros em 0,75 ponto percentual, para 1,25%, e deve aumentá-la ainda mais nos próximos meses.

cn/lf (AP, dpa, AFP)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade