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A mais famosa festa de Iemanjá é comemorada no dia 2 de fevereiro, na Praia do Rio Vermelho, Salvador, Bahia.
Neste dia, uma multidão das mais diversas religiões, participa da festa em homenagem à mãe de todos os orixás, incluindo adeptos do Candomblé e da Umbanda.

Os féis chegam ao local logo cedo, levando presentes e bilhetes com pedidos e entregam aos cuidados dos pescadores na "Casa do Peso".

História de Iemanjá

História de Nossa Senhora dos Navegantes

Oração de Nossa Senhora dos Navegantes

Estes pescadores encaminharão as oferendas para suas embarcações.

A festa inicia-se às 10h e a procissão, tem a intenção de garantir a paz, a saúde e a fartura da pescaria o ano inteiro.

Também é festejado neste dia (devido ao sincretismo), a festa de Nossa Senhora dos Navegantes (ou Candeias).
O pesquisador baiano José Salles, relata que "a festa originou-se em 1920 por iniciativa de uma colônia de pescadores. Como estavam passando por dificuldades na pescaria, pediram ajuda espiritual a uma mãe de santo.

Esta explicou que o alimento voltaria a ser farto se fizessem uma oferenda à deusa do mar. Ela explicou como deveriam fazer e, desta maneira, os pescadores aprenderam o procedimento de como homenagear a mãe Iemanjá. Como o resultado foi positivo, decidiram realizar a festa todos os anos, para garantir a abundância da pescaria".

A estudante de jornalismo e presidente da Escola de Música Didá, Viviam de Jesus Queirós, participa há vários anos da festa: "existe um local onde os devotos entregam os presentes aos organizadores que são pescadores da comunidade. Eles colocam as oferendas (que incluem perfumes, espelhos e rosas brancas, além de pedidos escritos em pequenas embarcações feitas de isopor) em muitos cestos de vime, que a cada ano, aumentam na quantidade.

Estes cestos são levados com respeito e cuidado para dentro dos barcos que seguem em procissão até um ponto específico no mar. A festa é toda especial, porque conta com mais de trezentas embarcações. Todos os fiéis, além dos turistas que ficam no cais, despedem-se dos barcos com profunda emoção. Nós, da Banda Didá, tocamos os tambores saudando a grande deusa do mar, Iemanjá".

Além da apresentação da banda, vários outros grupos comparecem, fazendo da festa um grande evento cultural e artístico.

A festa está no calendário oficial das comemorações de Salvador.

Monica Buonfiglio