Quarta-feira, 04 de maio de 2005
A sereia de Torres (RS)
Em Torres, litoral do Rio Grande do Sul, Brasil, reza a lenda que uma sereia protege um esconderijo repleto de diamantes e pedras preciosas. O nome "Torres", deriva de três rochedos que ficam à beira mar. Os primeiros habitantes dessas praias foram os índios (especialmente os carijós e arachanes). Deve ser por isso o fato deste lugar estar cercado de muitos mistérios. Os moradores de Torres sempre contaram histórias da existência de pedras preciosas escondidas em uma das grutas do Morro das Furnas. À meia-noite de toda sexta-feira de lua cheia, essa linda sereia de cabelos negros e olhos hipnotizadores aparece na entrada desta gruta. Se a pessoa tiver a sorte de ver a sereia e presenteá-la com um pente, sem nada perguntar, descobrirá onde está enterrado o tesouro. Muitos pentes foram encontrados no local, deixados por pessoas que acreditavam na lenda. O mito relacionado à sereia, indica que ela faz parte do elemental água e pode ser encontrada também perto dos rios e cachoeiras. Têm forma feminina, apresenta-se sempre nua, além de possuir uma beleza arrebatadora. A ondina é pequena, sua pele é branca, os cabelos compridos e caídos para trás, além de usar uma pequena grinalda ao redor da cabeça. Seus movimentos são simplesmente perfeitos. O lugar de retiro preferido por ela é a cascata, onde passa horas se divertindo, geralmente acompanhada de outras ondinas, aproveitando ao máximo a força magnética da queda d'água. Para brincar, rola e dá cambalhotas uma contra as outras, com o mais delicioso encantamento. Também brinca indo contra a correnteza ou permanecendo imóvel, emitindo um som frenético e ininterrupto. Quando um humano canta ou toca algum instrumento musical nas margens de rios, lagos ou mares, a sereia ali estará, divertindo-se intensamente. Para encontrar repouso e quietude, ela se retira do meio vital, mergulhando para o fundo das águas frias e sossegadas que se formam sob as cachoeiras, nos remansos dos rios, lagos e mares. Com relação à ondina macho, a única coisa que se sabe é que vive em cavernas de corais ou de rios.
Monica Buonfiglio
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