Conheça Xangô, o orixá da justiça
Significado: aquele que se destaca pela força Dia da semana: Quarta-feira Cores: vermelho (ativo), branco (paz), marrom (a terra) Saudação: Kaô Kabiesilê; venham ver nascer sobre o chão Elemento: terra (pedras) Domínio: rochas que o raio quebra Instrumento: oxé (machado de pedra de lâmina dupla) Xangô é o orixá cujo domínio está nas rochas, principalmente as que foram destruídas pelos raios. Na África é chamado Jacuta, ou seja, "o lançador de pedras". Ele reinava soberano na cidade de Oyó, decidindo-se transferir para Kossô, onde não foi aceito por seu caráter violento e autoritário. Decidiu retornar à Oyó, onde reinava Dadá, seu irmão mais velho, que foi destronado, permanecendo exilado em Igbono durante sete anos. O símbolo de Xangô é o oxé, um machado de duas lâminas que seus filhos, quando estão em transe, levam na mão. O orixá é viril, atrevido e extremamente justiceiro. Tem Iemanjá como mãe e três divindades como esposas: Iansã, Oxum e Obá. Iansã era a esposa de Ogum, mas encantou-se por Xangô. Oxum vivia com Oxossi e também foi seduzida por este orixá, que usava argolas de ouro nas orelhas, uma longa trança e uma roupa repleta de búzios os quais eram na época, a moeda corrente. Obá, apesar de ser uma deusa mais velha, também foi esposa de Xangô. Na Nigéria, as festas consagradas à Xangô são um espetáculo a parte. O elegum do orixá em transe, vai ao mercado central para ser admirado e também aos lugares que, quando era vivo, visitou antes de se tornar um orixá após a sua morte. O elegum do deus da justiça só evita visitar o palácio onde, segundo certas lendas, Xangô teria se enforcado em uma árvore de obi - por isso sua aversão à morte e aos eguns (mortos). Sua importância no Brasil é tamanha que chegou a originar cultos específicos em Pernambuco e em outros estados do Nordeste.
Monica Buonfiglio
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