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Comemora-se no dia 25 de janeiro, a conversão de São Paulo, o apóstolo dos gentios que nasceu em Tarso (Cilícia - região da Turquia) e morreu em Roma, no ano 67. Antes da sua conversão ao cristianismo, Paulo era conhecido como Saulo. Sua cidadania romana foi herdada do pai judeu que o educou de maneira rigorosa.

Ao tomar conhecimento do aumento dos discípulos de Jesus, Saulo passou a odiar e a perseguir os cristãos. Para ele, estes eram considerados traidores da religião judaica. Seis anos depois da crucificação de Jesus, Saulo recebeu a incumbência de ir à Damasco (capital da Síria) para prender os cristãos que encontrasse pelo caminho.

Durante o percurso, avistou uma luz no céu que o envolveu em claridade. E, caindo ao chão (estava montado no seu cavalo) ouviu uma voz que lhe disse: "Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: "Quem és tu, Senhor?". E o mestre respondeu: "Eu sou Jesus, a quem persegues. Mas, levanta-te, entra na cidade e será dito o que deves fazer".

Saulo levantou-se, e embora estivesse com os olhos abertos, não mais enxergava. Ele foi conduzido pela mão por um dos companheiros, até Damasco. Em Damasco, vivia um discípulo de Cristo chamado Ananias que, através de uma visão, recebeu uma ordem de Jesus: "Vá a rua direita e procura na casa de Judas, um homem chamado Saulo de Tarso, porque este é o homem escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel".

Ananias partiu imediatamente. Entrou na casa, impôs as mãos sobre Saulo e disse: "Saulo, meu irmão, quem me envia é Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, a fim de recuperares a vista e ficares repleto do Espirito Santo". Saulo recuperou a visão e foi imediatamente batizado. Na Antioquia, Paulo foi chamado para ajudar São Barnabé no trabalho de evangelização, marcando o início de uma missão junto aos gentios.

Por volta do ano 45, Paulo dedicou-se com muito empenho em suas principais viagens missionárias: Chipre (percorrendo a Ásia Menor), Síria, Macedônia e Grécia. Em cada cidade, fazia a pregação na sinagoga e posteriormente dirigia-se aos pagãos. Depois de doze anos viajando, foi para Jerusalém. Sua presença na Terra Santa foi bastante conflituosa, ficando sob a custódia do governador romano por dois anos. Passado este período, foi mandado à Roma, onde viveu em prisão domiciliar para posteriormente ser executado.

Existem dúvidas sobre o que teria acontecido com ele no período em que estava em Roma. Alguns, dizem que Paulo foi condenado e executado. Outros, afirmam que foi absolvido (ele teria visitado Éfeso e outros lugares como a Espanha). A tradição revela que ele foi decapitado em Tre Fontane (oeste de Roma) e sepultado onde é atualmente a igreja "São Paulo-Além-Dos-Muros".

Na arte, São Paulo é retratado com uma espada e um livro. Paulo foi um incansável missionário. Como pensador religioso, exerceu através das suas cartas, uma influência profunda no desenvolvimento do cristianismo. O perseguidor, transformou-se em pregador da causa de Jesus. Disse: "Eu vivo, mas não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim".

Monica Buonfiglio