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É impressionante o aumento do número de acidentes de carro que ocorrem nas férias. Minas Gerais lidera os acidentes com mortes em rodovias. Pernambuco fica em segundo e a Bahia em terceiro. Muitos dirão que isto acontece pela imprudência dos motoristas. E estão certos. Só que por trás disso, é possível analisar o motivo psicológico que levou alguém ao acidente.

Todo ato consciente está relacionado ao inconsciente. Quer dizer: um acidente ocorre porque existe um impulso de provocá-lo. Geralmente está associado a um temor diante de uma mudança (trabalho, cidade, família etc.), para que a pessoa fique inerte, pois no fundo, não deseja sofrer uma mudança radical.

Se ouvirmos a história com bastante atenção, verificamos que existe um duplo sentido. Para o inconsciente, o veículo de locomoção representa a vida pessoal (sentimento e/ou profissão).

Veja alguns exemplos: perdeu a direção do carro? (significa que perdeu o controle de uma situação). Ou, atropelou uma pessoa? (pode estar atropelando alguém ou um setor da sua vida).

Pessoas que estão com problemas ignoram sinais de trânsito, radares, batem em obstáculos da pista ou não conseguem enxergar algo, provocando um acidente. Isto é um indicativo de que está ansioso e consequentemente, agressivo.

Por isso, o melhor a fazer é uma pausa para analisar o que está ocorrendo e assim, abrir-se para as mudanças.
Segundo o psicólogo alemão Thorwald Dethlefsen, autor do livro A doença como caminho, "o mundo material é o veículo de manifestação do universo espiritual. Nós, de certa maneira, provocamos os acidentes, da mesma maneira que buscamos nossas doenças. Toda pessoa é autor e vítima.

Na medida em que analisamos a intensidade com que a pessoa se queixa dos supostos autores do acidente, podemos ver o grau de rancor que tem dentro de si e que alimenta nos demais".

Em muitos casos, um acidente pode tornar a pessoa mais honesta revelando uma fragilidade e necessidade da sua ajuda e compreensão.

Monica Bounfiglio/Especial para o Terra