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Wicca é uma religião de natureza xamanística, com duas deidades reverenciadas e adoradas por seus ritos: a deusa (aspecto feminino e deidade ligada à antiga deusa mãe) e seu consorte, o deus chifrudo (aspecto masculino). Estes nomes variam de uma tradição wiccaniana para outra. Os seguidores da religião são chamados de wiccanianos ou bruxos. Ela inclui a prática de várias formas de magia branca, com propósitos de cura ou para neutralizar a negatividade.

A "Arte dos Sábios", como a Wicca também é conhecida, é considerada uma religião monista e panteísta e faz parte do ressurgimento atual do movimento neopagão.

Baseada na natureza, prega o amor fraterno e a harmonia, além do respeito por todas as formas de vida. Sua origem está no início do desenvolvimento humano da religião e pode ser encontrada em quase todos os sistemas religiosos históricos do mundo.

Nos rituais da Wicca, a divindade costuma manifestar-se sob a forma feminina, o que resultou na participação de um grande número de mulheres. O respeito e amor pela natureza como algo divino contribuiu para uma conscientização ecológica. Os conceitos de pecado ou culpa são vistos como uma interpretação errada das experiências de crescimento.

Os wiccanianos não praticam qualquer forma de magia negra, não cultuam diabos, demônios, qualquer entidade do mal e não tentam converter ninguém para a sua fé. Eles usam um ou mais nomes secretos, também conhecidos como "nomes de iniciação", considerados sagrados e usados somente entre eles.

Muitos wiccanianos trabalham em pequenos grupos chamados convens. Cada coven é dirigido por uma alta sacerdotisa ou um alto sacerdote. Reúnem-se para adorar a deusa nos sabás e esbás. Os membros de um coven chamam-se coveners e o lugar de reunião, covenstead. Os que trabalham sozinhos são chamados de bruxos solitários.

Os wiccanianos relutam em aceitar qualquer idéia sem uma investigação pessoal. Também existe a conscientização de que, se quiserem atingir qualquer um dos seus ideais, deverão praticar o que pregam.

A religião wiccaniana é formada por várias seitas ou "tradições" como a Gardneriana, Alexandrina, Diânica, Tânica, Georgiana, Tradicionalista Ética e outras.

O código moral wiccaniano é simples e benevolente: "sem prejudicar ninguém, realize a sua vontade". Ou seja, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém ou você mesmo.

A deusa é conhecida por vários nomes: Diana, Cerridwen, Freya, Ísis, Isthar, etc. Ela é o princípio feminino e representa a fertilidade, a criação, os poderes regeneradores da natureza e a sabedoria.

O deus chifrudo é a deidade fálica, corresponde a criatividade intelectual e pode ser representado como um homem barbado, com os cascos e os chifres de um bode. Este deus seria a contraparte masculina da imagem da deusa, também chamado de Cernunnos, Pã, Woden, etc. A Igreja Católica, numa tentativa de erradicar a adoração do antigo deus da fertilidade, transformou-o em seu símbolo do mal (diabo).

A proposta da Wicca é a harmonia e o respeito a todas as formas de vida. (Texto baseado na leitura de Wicca, a feitiçaria moderna, de Gerina Dunwich).

Monica Buonfiglio/Especial para o Terra