Por que insistimos na infelicidade?
Desde o século XIX, pesquisas mostram que o ser humano é muito mais propenso a tristeza, a raiva, a ansiedade e a depressão, do que a felicidade. Os momentos infelizes fazem parte de 70% do dia, enquanto que 30% referem-se a momentos de felicidade. A cada geração, as pessoas ficam menos felizes e isto pode ser verificado através de problemas individuais, familiares e até crimes com violência. Independentemente de se ter mais dinheiro do que as gerações anteriores, a população está mais triste. As pessoas são infelizes porque a sociedade não valoriza a pessoa pelo que é, mas pelo que tem. Ou seja, de maneira geral, o ser humano é reduzido a um valor quantitativo. A felicidade indica um estado de perfeita satisfação íntima; um grande contentamento. Portanto, tanto eu como você temos a capacidade de sermos felizes e criadores. Não é um dom reservado a poucos; por que então a grande maioria não conhece a felicidade? Por que alguns, apesar dos obstáculos terríveis que acontecem em suas vidas, se mostram felizes enquanto outros são extremamente abalados por situações muito mais simples? A mente pode se colocar em contato com aquilo que constitui a fonte de toda felicidade e esse contato pode ser mantido, a despeito da educação e das exigências da vida. Os momentos de felicidade acontecem quando a mente ou o corpo estão no limite da sua capacidade, quando se realiza algo difícil que vale a pena. O importante é não deixar que as dificuldades tomem conta da situação, mas superá-las. Se jogaram pedras no seu caminho para bloquear sua passagem, retire-as. Transforme essas pedras em degraus de uma escadaria que você irá construir para uma vida repleta de vitórias. A felicidade é um estado de espírito, diz o dito popular. É verdade. Nenhuma divindade ou ninguém pode ter prazer com a infelicidade. Ao contrário: quanto mais a felicidade nos afeta, maior será a necessidade de participar com a natureza divina. Felicidade é ter a moderação que nos torna senhores de todos os nossos prazeres, em vez de escravos. É fumar, quando podemos prescindir fumar. Beber, quando não somos prisioneiros do álcool, fazer amor quando não somos prisioneiros do desejo. Ter prazeres cada vez mais puros e divinos porque nos deixam mais livres. Alegres, porque sabemos controlá-los. Viva a Felicidade!
Monica Buonfiglio/Especial para o Terra
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