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Em 1921, o coronel inglês C. K. Howard Bury anunciou ter descoberto em uma expedição ao monte Everest, uma grande quantidade de pegadas de pés descalços. Ele perguntou aos carregadores tibetanos sobre o que se tratava e estes responderam que eram as pegadas de Metch-Kangmi (Kang, neve e Mi, homem). Metch foi traduzido como abominável.

Ele foi descrito como um bípede, aparência simiesca, recoberto por pelos castanhos, negros ou acinzentados. Não possui cauda e barba. Tem longas sobrancelhas e seu crânio é pequeno e pontudo. Cada pegada tem entre 40 e 45cm e sua estatura varia entre 2 e 2,7m. Quando se sente ameaçado ou deseja contatar outros indivíduos, emite um som que parece com o miado de um gato e por onde passa, o odor é terrível.

A melhor foto da pegada do homem das neves foi feita em 1951 por Eric Shipton, quando realizava uma expedição no monte Everest, próximo à geleira de Menlung, a 6,6 mil metros de altitude. Em 1970, o alpinista Don Whilans fotografou pegadas do monstro na face sul do monte Anapurna, no Nepal, um lugar onde nenhum homem havia pisado. Ele viu com a ajuda de um binóculo uma criatura bípede, de pelos negros, correndo pela montanha. Depois de meia hora, desapareceu. Por coincidência, o fato ocorreu na região do Nepal conhecida como "lugar do macaco grande".

Mas estes não foram os primeiros relatos. Em um poema indiano chamado Ramayana (século III ou IV a.C.) existe uma referência sobre o monstro (tratado como demônio) que vivia nas nevas das montanhas do Nepal. Também foram encontradas informações no Cáucaso russo, Tibete, China, Mongólia e até mesmo no Canadá e na Califórnia (EUA).

Este monstro também é conhecido como Yeti (na região do Himalaia) Sasquatch e Bigfoot (Pé Grande nos Estados Unidos) Yowie (Austrália) e Mapinguari* (Amazônia).

A designação "homem das neves" ocorreu pelo fato de ser avistado acima dos limites das neves externas. Ele passa metade do ano em uma montanha e na outra metade, parte para a outra, buscando abrigo e alimentos.

Não foram encontrados fósseis da criatura, mas os relatos sobre ele não podem ser reflexos de alucinações.

Segundo a crença popular, os Yeti são muito tímidos, vivem fugindo e se refugiam em cavernas.

Na tradição do Himalaia, existem três tipos de homens das neves. O maior de todas as espécies, o Yeti gigante é vegetariano. A segunda espécie é de tamanho menor, porém considerada muito agressiva e carnívora e, por último, o pior de todos, rouba as colheitas e foge quando alguém se aproxima.

Alguns acreditam que seja humanóide, outros, que não passa de um urso que fica em pé. Em muitos outros depoimentos ficou clara a intenção de fraude (o que prejudica os pesquisadores que desejam descobri-lo para estudá-lo).

Em 2006 foi divulgado que o governo de Johor na Malásia, estava preocupado com o aparecimento do Yeti, pois assustava as comunidades agrícolas da região. Três criaturas foram avistadas no Parque Nacional Endau Rompin. Sempre foi divulgado o avistamento da criatura, mas nunca foi encontrada prova de sua existência.

*Mapinguari: esta lenda relata uma criatura da Amazônia que anda pelas matas exalando um odor fétido, que atordoa suas vítimas para depois, devorá-las. È descrita como um homem coberto de pelos e com um olho no meio da testa. Sua boca é imensa e sua pele lembra a o couro do jacaré. A aparência é grotesca e se assemelha ao casco de uma tartaruga. Ataca suas vítimas durante o dia e sabe-se que ele passou por um determinado local quando os arbustos ficam quebrados e o mato esmagado.

Monica Buonfiglio/Especial para o Terra