Entenda porque os homens traem mais do que as mulheres
O passatempo mais velho da humanidade é a prostituição, seguida do adultério. Não que seja feito apenas por homens, ao contrário, as mulheres estão se tornando cada vez mais adúlteras. Mas não tem jeito: o adultério é algo tipicamente masculino. A palavra adultério vem do latim adulterare (ad “para” e alter “outro”) e implica em um relacionamento entre pessoas casadas ou não casadas. Ou seja, é a infidelidade que acontece em um relacionamento monogâmico. Os homens não vêem o sexo como um aspecto de amor e intimidade emocional como as mulheres. Para eles, o ato sexual não passa de uma diversão. Jung explicou que a psique masculina é diferente da psique feminina. Os homens são preparados para serem agressivos, firmes, dominadores, competitivos e orientados para o prazer. Já as mulheres tendem a serem mais afetuosas, compreensivas, intuitivas, pacientes e orientadas para a resolução. Analisando sob esta ótica, a infidelidade está mais próxima da psique masculina, ou seja, alguém dominador e orientado para ter prazer têm mais chances de ser infiel do que uma pessoa afetuosa e dedicada. Os fatores que levam ao adultério são: o tédio, o desejo da eterna juventude, a hostilidade contra a mulher (ou namorada), a fuga de um tormento psicológico ou a paixão por outra mulher. Alguns homens traem com medo de perder sua masculinidade. Neste caso, surge uma questão interessante: a masculinidade tem seu foco na feminilidade. Ao relacionar-se com uma mulher, o adúltero tem certeza que sua masculinidade não foi atingida. Quanto mais bonita ela for, maior será o seu desafio. Por isso, eles dão tanta importância para a beleza da mulher. Quanto mais bonita, mais se aproxima da idéia de perfeição que inconscientemente procuram. Assim, o sexo feminino acaba sendo uma projeção masculina. Os homens são educados para ver a mulher como um potencial da perfeição na vida. Como a mulher está associada (segundo Jung) para a resolução (note que em uma separação, quem toma a iniciativa é a mulher), ela entende o adultério de duas maneiras: ou o perdoa ou pede a separação, pois a traição simboliza a morte do seu relacionamento, já que este era baseado na confiança e no amor. O problema é que, enquanto o homem se diverte, deixa literalmente a cônjuge de lado. Não se pode negar o direito de ele se divertir, desde que não seja à custa da dignidade da sua parceira. O adultério é algo grave e tem um efeito devastador. A esposa sofre (em muitos casos ele diz que a culpa é dela), desestrutura a família, além da dor emocional intensa. Só é possível acabar com o adultério quando um dia, o marido (ou namorado) entender que está em busca de uma ilusão e que este comportamento terá influência no seu futuro.
Monica Buonfiglio/Especial para o Terra
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