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Vivemos em pleno século XXI, na era de ouro de aquário, conhecida pela liberdade de expressão e de espiritualidade. Ainda assim, há muito preconceito quando o assunto é o sexo das almas gêmeas.

Sob o ponto de vista espiritual, toda união é sagrada, mesmo que o significado desse encontro possa ir além da nossa limitada capacidade de entendimento.

Mas por que, afinal, os homossexuais não podem firmar uma parceria civil como qualquer casal heterossexual, e o brasileiro não consegue encarar com naturalidade o amor entre iguais?

Ainda vítimas de preconceito, muitos amantes do mesmo sexo não ficam à vontade para demonstrar seu afeto em público. Essa atitude só aumenta a curiosidade sobre uma relação que ainda é envolvida em mistério.

Muitas pessoas, infelizmente, acreditam que em uma casa onde vive um casal homossexual se pratica a promiscuidade; o que não é verdade.

Em uma pesquisa realizada por uma revista brasileira, 70% dos casais homossexuais entrevistados valorizam a fidelidade, a estabilidade no relacionamento e a relação familiar. Constituir uma família e até mesmo adotar uma criança foram desejos manifestados constantemente nas respostas.

Eles têm seus direitos reconhecidos na Holanda, por exemplo, mas ainda é muito pouco. A maior reivindicação dos homossexuais em boa parte dos países, inclusive no Brasil, consiste em definir questões práticas como o direito de ser dependente do plano de saúde do companheiro ou de receber pensão e herança.

Mesmo que seja difícil para algumas pessoas aceitarem, as almas gêmeas do mesmo sexo existem, sim. Afinal, o importante de um relacionamento é a satisfação espiritual alcançada através do ato sexual praticado com amor.

Independentemente de quem seja o casal, o ideal é que ambos busquem o sentimento real, a afinidade, a admiração, a fidelidade e o respeito.

Por acaso, você já viu alguma outra espécie animal que, depois de fazer sexo, converse? Portanto, homo ou hetero, o que vale mesmo é o amor intenso e verdadeiro.

Monica Buonfiglio/Especial para o Terra