Quer salvar a relação? Coma chocolate
Foi comprovado, cientificamente, que o chocolate protege o coração. O mérito é dos flavonóides, substâncias presentes em maior quantidade no chocolate amargo e que exercem uma ação antiinflamatória, evitando a formação de placas de gordura nos vasos sangüíneos. Essa é uma ótima desculpa para quem adora comer escondido um bombom todo dia. Mas há outra boa razão para não abrir mão da guloseima: a capacidade que essa delícia tem de salvar uma relação. Isso mesmo. De acordo com Helen Fisher, antropóloga do Museu de História Natural dos Estados Unidos e autora do livro Anatomia do amor, o chocolate contém feniletilamina, ou seja, a mesma substância que o cérebro produz quando as pessoas estão apaixonadas. Essa substância é uma proteína importante que age na produção da serotonina, responsável pela sensação de satisfação que estimula a motivação e a felicidade. Isso explicaria por que algumas mulheres chegam a devorar uma caixa de bombons inteira quando estão deprimidas. Comer chocolate ajuda a deixar as pessoas mais carinhosas e abertas ao amor. Alguns pesquisadores acreditam que o hábito chega até mesmo a influenciar a libido da mulher. Vale lembrar, porém, que chocólatras não existem, porque essa delícia não vicia. Nosso nível de serotonina aumenta logo depois que ingerimos um bombom, por exemplo, mas se estabiliza em pouco tempo. Amigo dos apaixonados, o chocolate, por outro lado, é inimigo da balança. Com 550 calorias a cada 100 gramas, ele é capaz de boicotar qualquer dieta. Aliás, poderia muito bem substituir uma refeição em situações de emergência. Afinal, o doce possui gordura, proteína e carboidrato. Por isso, também é popular até hoje. O ser humano, por natureza, escolhe alimentos que concedam mais chances de sobrevivência. Mais curiosidades sobre essa guloseima popular
As mulheres são mais propensas a comprar os chocolates pequenos e arredondados, enquanto os homens preferem as barras grandes.O cacaueiro de onde provém o chocolate é cientificamente chamado Theobroma cacao e significa alimento dos deuses. O chocolate era um artigo de luxo. Ele se desenvolveu na América Central dos maias e uso era exclusivo dos reis, nobres e sacerdotes. No México, era ingerido sob a forma líquida e era restrito aos homens. Para os astecas, o cacau era considerado uma moeda corrente. Foi o conquistador Hernán Cortés que levou o cacau para a Europa, tornando-o popular a partir do século XVIII. O chocolate corre risco de extinção, uma vez que o cacau, sua matéria-prima, não consegue suprir a demanda. Os cacaueiros ocupam países pobres e sem recursos para combater as pragas, como ocorre na África, responsável por 65% da produção mundial. O brasileiro consome 1,8 kg de chocolate por ano, o argentino 3,6 kg e o americano, 4,6 kg.
Monica Buonfiglio/Especial para o Terra
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Monica Buonfiglio
