Fuja da ilusão e encontre sua alma gêmea
A cada dia, aumenta o número de mulheres que mantém um relacionamento afetivo, e virtual, com homens pela Internet. Infelizmente, algumas se iludem e estão colocando até o convívio com marido e filhos em segundo plano. Por que isso acontece? Nós passamos a maior parte do tempo captando fragmentos sutis dos aspectos visíveis e invisíveis que são lançados na alma coletiva. Esta alma coletiva, por sua vez, pode ser representada por um site de relacionamentos e revela a essência espiritual de um grupo. De maneira geral, todos nós somos atraídos, como imãs, para um universo ilusório, conhecido como Maya pelos budistas. A permanência em Maya ou uma vivência de luz ou trevas nesse mundo irá depender de cada um. Estamos vivendo a Era de Aquário (ou da informática), por isso algumas relações até podem ir além dos cliques no teclado. Mas é preciso ficar bem alerta aos perigos de se viver na ilusão. Quantas famílias já foram destruídas por causa dela! Desconfie, por exemplo, quando o nickname dele tem apenas as iniciais ou quando suas informações e conversas on-line nunca são muito precisas. Lembre-se de que a verdade é clara e objetiva. Peça opinião aos amigos sobre esse "relacionamento" e valorize-se mais: não entregue de bandeja todos os seus desejos e angústias a um desconhecido. O jogo da sedução é prazeroso. Mas, se esse jogo provoca dor e brinca com os seus sentimentos, não vale a pena investir. Uma coisa é o clima de mistério que nos faz descobrir lentamente as qualidades do outro. Outra coisa é o segredo. No primeiro caso, é excitante. No outro, é desleal, pois é baseado em omissão e até mentiras. Pior ainda se você ainda tem esperanças de achar sua cara-metade. O encontro das almas gêmeas ocorre, verdadeiramente, quando deixamos de lado qualquer tipo de ilusão - que tenta dar sentido a algo que não existe. Por isso, não aja como criança e deixe de ficar se enganando. A verdade caminha com a paz; e o amor verdadeiro descansa nesta quietude. Toda relação deve ser sempre íntegra e construtiva. Pense nisso.
Monica Buonfiglio/Especial para o Terra
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