Conheça versões para a origem de Papai Noel
Durante a principal festa do Império Romano, conhecida como Saturnália, um homem de barbas brancas, trajando uma roupa vermelha, andava vagarosamente, fazendo com que os convidados refletissem sobre seus acertos e erros. Ele era a representação do deus Saturno, o mais adorado na época, permanecendo assim por muitos séculos até a vinda do Messias. Para afastar o mau agouro do deus Saturno, os convidados presenteavam o velhinho para que este, simbolicamente, retribuísse com um ano bom de farta colheita. Todos os convivas o saudavam com: "Io Saturnália!". A festa acontecia entre os dias 17 e 24 de dezembro e era uma espécie de Carnaval. Banquetes e doações simbólicas aconteciam, e a ordem social desaparecia. Neste período, os escravos se tornavam livres e podiam trajar uma roupa vermelha chamada princeps (uma sátira aos ricos da Europa). A data 25 de dezembro como festa de Natal foi estabelecida para dar o conteúdo religioso à festa pagã. Outros pesquisadores sugerem que a imagem do bom velhinho nasceu do folclore escandinavo, uma vez que ele aparecia no inverno rigoroso, vestindo um traje vermelho, gorro na cabeça, montado em um cabrito, entregando presentes em homenagem a Odin (deus nórdico com poderes de julgar os seres humanos). As referências mais modernas explicam que Papai Noel é uma extensão da figura de São Nicolau, um jovem nascido no início da Era Cristã que ficou conhecido por sua caridade e afetuosidade, especialmente com as crianças. Ele foi bispo em Myra, na Ásia Menor no século IV. Por isso, acabou tornando-se padroeiro da Grécia, Rússia, Alemanha e Sicília. Acredita-se que, posteriormente, São Nicolau seguiu para Roma. Depois da sua morte, foram atribuídos vários milagre a ele, consagrando o dia 6 de dezembro como sua festa. A imagem de São Nicolau bondoso e milagroso chegou aos Estados Unidos levada pelos imigrantes holandeses. Por isso, tornou-se patrono de Nova Amsterdã (primeiro nome de Nova York). Após algum tempo, Papai Noel passou a ser retratado mais gordo, fumando um cachimbo, carregando os presentes em um saco (símbolo da prosperidade para os holandeses). Com esta aparência mais próspera, a figura do bom velhinho tornou-se cada vez mais popular, chegando a todas as partes do mundo, inclusive no Brasil.
Monica Buonfiglio/ Especial para o Terra
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