Rudolf Steiner
07 de agosto de 2002
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Rudolf Steiner é considerado o pai da Antroposofia. Dotado de grande sensibilidade, era erudito e filósofo.
Formou sua própria escola de pensamento, chamada "Antroposofia", ou seja "a sabedoria do homem" ou "o caminho de conhecimentos que pretendem conduzir a espiritualidade do ser humano para a espiritualidade do Universo".
Foi um dos mais importantes representantes do Ocultismo na primeira metade do século XX.
Steiner nasceu em 1861, em Kraljevec, na região de língua alemã de Checoslováquia, que na época, fazia parte do Império austro-húngaro.
Aos oito anos de idade, aflorou sua mediunidade. Ensinou sobre tudo o que aprendera e ouvira, até os sessenta e cinco anos, em 1915, data da sua morte.
Estudava sobre a história natural, matemática, filosofia, artes, arquitetura, medicina, educação e agricultura. Sua tese de doutorado recebeu o nome de "Verdade e Conhecimento".
Traduziu as obras de Goethe e perto dos quarenta anos, começou a ensinar na Waldorf Astoria Tobacco Company em Stuttgart.
Lecionou na Sociedade Teosófica, mas rompeu o vínculo quando Annie Besant decidiu que o jovem indiano Krishnamurti era o reencarnado do Salvador.
A sede da sociedade antroposófica estava instalada no Göetheanun, um curioso edifício construído totalmente em madeira, cujos elementos eram perfeitamente encaixados sem o uso de pregos ou travas metálicas.
O edifício abrigava equipes de estudo em vários campos: agricultura, pedagogia e química, além das ciências espiritualistas. Este verdadeiro monumento foi destruído por um incêndio atribuído aos nazistas.
A influência de Steiner foi de tal magnitude que a escola Waldorf para crianças, criada por ele em 1919, conta hoje com mais de setenta filiais em todo o mundo, onde se põe em pratica sua concepção educacional.
Sua pedagogia baseou-se em "períodos" de trabalhos por temas, interligando as disciplinas tradicionais através da experiência e das atividades artesanais e profissionais estreitamente integradas ao ambiente. Ele ensinava que a criança era antes de tudo autônoma, e ao professor, cabia a orientação na sua referência moral.
Steiner, assim como os alquimistas medievais, investigava o mundo da substância física, onde desenvolveu um modelo consciente e criterioso do mundo espiritual.
Considerava seu trabalho como o de um cientista e que os mistérios, não deveriam ser mantidos apenas nas mãos dos sacerdotes e de sociedade secretas, mas que poderiam ser alcançados por qualquer um.
A obra de Steiner é de uma riqueza indescritível. Vale lembrar que ele baseava sua epistemologia no "pensar".
Steiner era um estudioso dos temas angélicos e descreveu sua própria hierarquia de anjos, diferente de Dionísio e Aquino. Também gostava de estudar a natureza e explicava que este universo (também dos animais) era cercado de anjos e elementais da natureza.
Steiner faleceu em 1925 na cidade suíça de Dornach, após trabalhar até o último dia em sua obra que inclui mais de seis mil conferências em todos os países europeus e uma centena de livros publicados.
Monica Buonfiglio
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