Vikings
15 de maio de 2002
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Em
793 d.C., grandes guerreiros avermelhados invadiram a Inglaterra: eram conhecidos
como "Vikings". Ninguém sabe ao certo o significado dessa palavra,
embora alguns a definam como "guerreiro armado". Presume-se ainda que
tenha origem na palavra irlandesa vik, que significa "regato", ou na
palavra anglo-saxônica wic, "acampamento".
Esses guerreiros vinham da região européia onde
situam-se a Noruega, a Dinamarca e a Suécia. Tinham em comum a língua,
o modo de vida e a religião nórdica. Usavam as Runas como forma
de adivinhação. Motivados pela necessidade do comércio e
expansão de terras, atacaram a Europa em sucessivas invasões, que
se prolongaram de 800 a 1.000 d.C.. Conquistaram, fundaram e colonizaram povoados,
revitalizando o comércio.
A sociedade viking era dividida em: pequenos reis - homens ricos
(governantes) -, proprietários de terra, lavradores e escravos. Em suas
terras cultivavam a cevada, a aveia e o centeio. Os Vikings eram hábeis
caçadores e pescadores. Não se preocupavam com a escassez de alimento,
pois produziam sempre o necessário. Suas casas eram feitas de madeira e
revestidas de barro; o telhado normalmente era coberto de palha, e o chão
forrado de junco.
Devido ao crescimento da população, escolheram um
rei regional, que iniciou sua ascensão durante a década de 870 d.
C.. O sistema governamental era orientado pelo Thing, ou "Assembléia
Geral", que legislava sobre a vida diária e política desse
povo. Quando a questão era levada ao Thing e o acusado declarado culpado,
a sentença era severa. Dependendo do crime, o pagamento era feito com a
própria vida, através de enforcamento ou o banimento permanente.
A mulher viking possuía um importante papel na sociedade.
Apesar da responsabilidade sobre as tarefas da casa, fiava, tecia e cuidava das
crianças. Quando o marido estava fora, era ela que tomava conta de sua
propriedade, defendendo-a de qualquer ataque. Apesar da fama de bárbaros,
os Vikings foram grandes comerciantes, aumentaram cidades e criaram a primeira
assembléia da Europa.
Também eram grandes artistas, trabalhando com a madeira,
o marfim e o chifre. Tinham a habilidade na construção de barcos,
o que lhes permitia viajar com segurança. Os ataques Vikings tiveram fim
por volta de 1066, passando a levar uma vida mais tranqüila, sem tantas lutas,
dedicando-se à agricultura e ao artesanato. Com o advento do Cristianismo,
o modo de vida dos Vikings sofreu uma profunda transformação, terminando
sua fase áurea de conquistas.
Monica Buonfiglio
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