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Coluna da Monica

Ilha de Páscoa
16 de outubro de 2002

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A Ilha de Páscoa foi originalmente denominada Osterinsel, no idioma nativo Rapa Nui. Localizada a 3.700 km a oeste da costa da América do Sul, tem 116 km² de superfície. Possui a forma de um triângulo, causada pela atividade de três vulcões: Poike, Rano Kau e Maunga Terevaka, tendo este último formado a maior parte da ilha. Sua vegetação é esparsa, embora haja indícios de que já tenha sido exuberante.

Quem a descobriu ainda é uma incógnita, mas entre os candidatos estão o espanhol Álvaro Mendaña de Neira, que disse tê-la visto em 1566. O maior mistério da Ilha de Páscoa é o grande número de esculturas de dimensões fantásticas, denominadas moai, feitas de composição vulcânica, com 4 metros de altura e pesando em média, 50 toneladas. Existem na ilha, mais de 800 estátuas, a maioria delas de frente (ou de costas) para o mar. Hoje elas estão destituídas de olhos, mas originariamente eram preenchidos com coral branco ou rochas vermelhas.

O moai tem uma característica de um homem com a cabeça alongada, lábios finos, testa abaulada e braços colados aos flancos. As costas são tatuadas e ostentam relevos. Com o decorrer do tempo, o aumento da população e a falta de recursos naturais levaram diferentes grupos que habitavam a ilha a guerrearem entre si, o que destruiu a maioria dos moai existentes. Embora alguns acreditem que os moai tenham sido trazidos por extraterrestres, está provado que o material usado na sua construção - pedra e madeira - estão presentes na ilha.

Não sabemos muito sobre a cultura deste povo, pois, em meados do século XIX, traficantes peruanos levaram como escravos cerca de dois mil nativos, entre eles o rei, seu filho e alguns sacerdotes, que eram os guardiões do conhecimento local. Em 1877 restavam apenas cento e onze nativos.

Para agravar a situação, missionários cristãos foram à ilha para converter os nativos, o que contribuiu para a perda de informações sobre seu passado e suas origens. Com isso, os nativos acabaram queimando suas próprias fontes históricas, como as Tábuas Falantes, que continham uma forma de escrita própria (o rongo-rongo), desenvolvida através dos tempos pelos nativos, os quais passavam suas histórias oralmente.

Assim sendo não sobrou ninguém para decifrar o que estava escrito. Uma cultura perdida e uma história a ser decifrada. Com o tempo, cientistas e pesquisadores estão conseguindo decodificar a escrita dos nativos, mas, até uma conclusão concreta, a Ilha de Páscoa ainda continua um mistério.

Monica Buonfiglio