Tibete
22 de maio de 2002
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Tibete é um país da Ásia Central, situado na China e tenta
sua autonomia desde 1951. É conhecido como "teto do mundo" pois
é um vasto planalto localizado a mais de quatro mil metros de altitude.
Seus habitantes estão cercados pelas montanhas do Himalaia e por desertos;
mas na verdade, isolados do mundo, pois não conhecem os avanços
da ciência e jamais ouviram falar em astronautas.
O clima da região é bem rigoroso; a neve permanece
nove meses durante o ano. É o país mais religioso do mundo, chegando
a ser uma nação unificada no século III d.C., devido à
expansão do Budismo. Depois, o país foi dividido em pequenos principados,
invadido por mongóis. O primeiro Dalai Lama, autoridade máxima do
Budismo Tibetano, assumiu em 1642. O povo tibetano habita a capital Lhasa, fundada
há 14 séculos.
Atualmente, existem duas Lhasas, a tradicional - que possui sólidos
edifícios de três andares, com telhados coloridos e decorados -,
e a moderna -, que surgiu após a invasão chinesa, com uma arquitetura
utilitária e largas avenidas. É na velha cidade que se encontra
o mais sagrado dos templos tibetanos, o Jokhango, construído no século
VII d.C., centro espiritual da nação, que recebe vários peregrinos.
Ao redor do templo, existe um caminho chamado Barkhor, um exótico
mercado ambulante de produtos artesanais. Helena Blavatsky, fundadora da Teosofia,
designou esse país como o "centro energético do mundo".
No Tibete existe o palácio Potala, que é a imagem mais representativa
da nação. Possui treze andares, construído com cobre fundido,
para protege-lo dos terremotos.
Em Potala, os livros sagrados budistas eram impressos manualmente,
e ainda estão guardadas as escrituras budistas como o Tanjur, com 227 volumes,
e o Kanjur, com 108 volumes. Os textos apócrifos relatam a possibilidade
de Jesus ter estudado no Tibete; é comum ouvir sobre essa história
na velha cidade. O Tibete pode estar longe do mundo, mas é o único
lugar do planeta onde os homens procuram desvendar os enigmas da alma humana.
Atualmente, o 14º Dalai Lama, tenta negociar a liberdade
do povo tibetano da China. Na sua última conferência realizada nos
Estados Unidos em 2001, ele disse: "através da visualização,
dou aos chineses meu pensamento positivo, e em troca, recebo a ignorância".
A liberdade do Tibete é uma tarefa árdua, que dura mais de cinqüenta
anos, contando com a ajuda da ONU e do reconhecimento de poucos outros países.
Monica Buonfiglio
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