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Coluna da Monica

Espiritualidade - O virtual e o real
27 de novembro de 2000
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Desde o dia em que assisti, em 1979, à discussão do tema Regressão de Memória num programa de TV, até os dias de hoje, sinto que estamos mais abertos aos temas voltados à espiritualidade, em livros, filmes e até novelas. Estamos passando por profundas transformações de consciência. Quero crer que fatos como anjos, regressão de memória e tantos outros - como projeção astral, psicocinese, mediunidade, irradiação de seres extrafísicos, ciências oraculistas e a própria intuição, presente na maioria dos seres vivos - deixem de ser tratadas de formas instintivas, mas intuitivas, naturalmente.

Se é verdade que usamos apenas três por cento de nossa capacidade cerebral, isto significa que somos crianças aprendendo, para nos tornarmos técnicos deste Universo sagrado.

Desde os tempos mais remotos o homem quis saber onde se alojavam as emoções. Queria descobrir porque, quando nos defrontamos com algo que não conhecemos, sentimos medo e um enorme desejo em desafiá-lo. A nova geração de neurofisiologistas deu passos enormes para desvendar segredos do cérebro. Graças aos avanços nesta área será possível ler boa parte do que se passa em nossa cabeça, exatamente no tempo em que ocorrem. Como ficaria uma experiência com vidas passadas ou uma projeção astral? Será que finalmente colocaremos em prática a teoria de Einstein sobre a quadridimensionalidade?

Há três séculos Descartes afirmou que o homem possui um terceiro olho invisível, para poder ver o interior da consciência. Cientistas franceses afirmam hoje que o filósofo não estava enganado. Se pedirmos para um indivíduo imaginar uma imagem com os olhos fechados, ele utilizará, então, o lóbulo occipital, no qual residem as funções da visão.

Há quem acredite que se a realidade virtual generalizar-se, a imaginação dos indivíduos poderá facilitar a projeção das imagens visualizadas pelo cérebro e enviá-las ao computador, transformando-as em imagens virtuais.

O virtual e o real compartilhariam de um mesmo território comum chamado cérebro. E quem sabe, quando chegar esse dia, nós conseguiremos projetar realmente a Chama-Trina, que é o amor.

Monica Buonfiglio