São Paulo - Desde 1998, quando assumiu o cargo, Wanderley Luxemburgo conquistou dois dos três títulos que disputou. Perdeu apenas a Copa das Confederações para o México, no estádio Azteca, por 4 a 3, em 1999. Venceu a Copa América do mesmo ano, no Paraguai, e o torneio pré-olímpico no ano 2000, em Londrina.
No total, apenas cinco derrotas, uma para a Coréia do Sul em Seul, outra para a Argentina, em amistoso, duas nas Eliminatórias para a Copa de 2002, para Chile e Paraguai, e a citada frente aos mexicanos.
O problema é que os insucessos estão se tornando cada vez mais freqüentes.
A derrota desta terça-feira sofrida para o Chile, por 3 a 0, representou a quebra de um tabu. Jamais a seleção brasileira de futebol havia sido derrotada nesta competição pelo país andino. Foram apenas quatro jogos, dois em 1954 e outro dois 11 anos atrás. O Brasil venceu três vezes e empatou em outra oportunidade.
A situação fica mais complicada para o treinador porque há um mês, sob seu comando, outro tabu brasileiro deixou de existir. A seleção, que jamais havia sido derrotada para o Paraguai nas Eliminatórias, perdeu. A equipe guarani fez 2 a 1 no estádio Defensores del Chaco.
Até então, a única derrota brasileira em Eliminatórias ocorrera em 1993, para a Bolívia, em La Paz. Curiosamente, a seleção boliviana é a próxima adversária do Brasil, dia 3 de setembro. Pelo menos desta vez, um novo revés não irá significar o fim de nenhum tabu.