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Técnico e jogadores do São Paulo escapam de agressão
Domingo, 20 Agosto de 2000, 23h17

São Paulo - Levir Culpi admitiu que o empate foi um resultado justo. Não reconheceu que seu esquema tático contribuiu para o São Paulo não ir além do 1 a 1 com o Bahia. O seu argumento para não arriscar muito ontem foi a falta de estabilidade de seu time, ainda em formação, e reflexos do péssimo calendário do futebol brasileiro. Alguns torcedores, isto é, os corajosos que foram ontem ao Morumbi, invadiram a área reservada aos times no estádio e tentaram agredir os jogadores e o técnico. A Polícia Militar, com energia, reprimiu os agressores.

Não foi uma saída tranqüila do Morumbi. Assustados, os atletas, dirigentes e Comissão Técnica do São Paulo correram para não levar pancadas. A confusão só acabou nos cassetetes dos soldados. A ira foi contra o fraco desempenho da equipe. Levir Culpi foi acusado de enfrentar o Bahia com medo, apesar de jogar em casa. "Acho engraçado um comentarista dizer que cometi um equívoco. Contra o Cruzeiro, se não jogasse com esse esquema com cinco meias e um atacante, perderíamos o jogo. Perderíamos também para o Bahia se não repetisse essa formação. Não posso ousar se ainda estamos formando o time, a maioria dos meus jogadores ainda não disputou mais de três jogos na competição".

O técnico criticou os que analisam a partida sem ter conhecimento das condições físicas dos atletas. Apelou para a desinformação da imprensa.

"Me cobram porque não entrei com dois atacantes. Respeito as opiniões, mas quem cobra não acompanha o dia-a-dia dos jogadores. Só eu sei quem tem condições de suportar os 90 minutos. Veja os casos do Pimentel, Miguel, Souza, que estão entrando na quarta partida e ainda não aguentam mais de 45 minutos. A imprensa não vê por esse lado e se o time perde duas seguidas fala em crise. A torcida recebe a crise da imprensa e depois cobra". Levir pediu aos torcedores que não se iludam. O momento é de cautela, nada mais que isso. "A torcida deve ter paciência e não entrar nessa conversa de que uma derrota é crise. Um jogo como esse contra o Bahia é fácil você ter a torcida contra. O adversário vem com uma postura defensiva, se fecha todo, o gol não sai e tome cobrança".

Se pede paciência aos torcedores, Levir não tem para aceitar a realidade do futebol brasileiro. A crítica é contra os dirigentes. "Que competição é essa que um time joga uma partida e fica 14 dias descansando e o São Paulo, que não teve tempo para fazer a pré-temporada em julho, joga cinco partidas seguidas sem folga? O calendário é pobre, feito por incompetentes. Uns levam lucros e a maioria fica com o prejuízo".

A próxima parada do São Paulo será em Curitiba, quarta-feira, contra o Atlético Paranaense. França, recuperando-se de uma lesão, será testado amanhã e pode voltar ao time para formar a dupla de ataque com Marcelo Ramos. Levir, que deve confirmar o retorno do artilheiro, está preocupado com o futuro do time na Copa JH. A Seleção Brasileira é a "culpada".

"Nas próximas semanas vamos perder o Fábio Aurélio, Álvaro, Edu e Fabiano para a Seleção Olímpica. O Rogério Ceni vai para a seleção principal e o Maldonado foi convocado pelo Chile para disputar a Olimpíada. Perdemos o Belletti por contusão. As dificuldades aumentam a cada dia, isso a torcida não vê ou não quer enxergar". José Dias, diretor de Futebol, revelou ontem que Edu está muito próximo de ser negociado com um clube (Celta) da Espanha. "Faltam pequenos detalhes. Muita gente diz que os US$ 5 milhões que estamos pedindo pelo garoto é pouco, só que o São Paulo receberá os US$ 5 milhões livres. Quem está comprando é que terá de pagar os 15% do atleta e cota do empresário".

Agência Estado


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