São Paulo - Os cavalos que vão formar conjunto com os cavaleiros brasileiros nos Jogos Olímpicos de Sydney partiram nesta segunda-feira, do Aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, em um jumbo. O avião, que levou 48 animais, uma carga avaliada em US$ 40 milhões, faria uma viagem de 36 horas até o aeroporto de Sydney, na Austrália, incluindo duas paradas para reabastecimento, em Dubai e Cingapura.
Essa carga, que levou Baloubet Du Rouet, o sela francesa do cavaleiro Rodrigo Pessoa, foi a segunda a seguir para a Olimpíada.
No total, 237 cavalos chegarão por avião na Austrália, em uma operação que vem sendo planejada há sete anos e vai custar US$ 15 milhões. Os animais estarão desembarcando até a próxima semana em cinco jumbos, vindos da Europa e dos Estados Unidos.
Os primeiros 45 cavalos, também provenientes de Frankfurt, chegaram nesta trça-feira em Sydney. Os cavalos foram descarregados e fiscalizados por veterinários antes de seguir, em caminhões, para o centro eqüestre do Horsley Park, onde serão realizadas as competições de hipismo, nas categorias adestramento, Concurso Completo de Equitação (CCE) e saltos.
"Os cavalos chegaram em boas condições e estamos satisfeitos sobre como a operação ocorreu", disse o gerente veterinário da Olimpíada, Nigel Nichols, sobre a primeira carga desembarcada na cidade. "Nós cuidamos com muito cuidado desse transporte e estamos satisfeitos que tudo ocorreu bem", acrescentou. Quando a Austrália organizou os Jogos Olímpicos de Melbourne, em 1956, o hipismo foi realizado em Estocolmo, na Suécia, porque mandar os cavalos em barcos seria muito perigoso.
Em obediência às regras de quarentena da Austrália, cada um dos animais foi obrigado a passar pelo menos duas semanas em pré-quarentena em estábulos na Europa e nos Estados Unidos antes de seus planos de vôos, e devem ter outra quinzena em quarentena em Sydney.
Ann McDonald, do Serviço de Inspeção e de Quarentena da Austrália, disse que o País precisa ter muito cuidado com doenças equinas. O primeiro barco carregou cavalos de 15 diferentes países incluindo Bélgica, Itália, Japão e México.
Apesar de tudo ter dado certo com o primeiro vôo, o brasileiro Rodrigo Pessoa está ansioso pela chegada de Baloubet du Rouet, que viajou junto com Ralph, Aspen e Calei, os cavalos que serão montados pelos outros brasileiros, Luiz Felipe de Azevedo, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, e André Johannpeter, respectivamente. "O tempo de viagem me preocupa muito, apesar de o Baloubet ter sido preparado pelo veterinário para isso", afirmou Rodrigo. O cavaleiro recordou-se que na ida para Las Vegas, em abril deste ano, para a disputa da Copa do Mundo Baloubet foi contagiado com um vírus que o perseguiu por um bom tempo. "Pensamos que ele estava recuperado, mas o vírus voltou a manifestar-se quando ele foi a Cannes." Baloubet precisou parar por 1,5 mês para recuperar-se totalmente.
Agência Estado