São Paulo - O técnico Marco Aurélio sente na pele a pressão de ter a obrigação de fazer uma "peneira" entre seus jogadores para disputar a Libertadores e o Mundial de 2001. Ele não pode afirmar, mas vencer a João Havelange ou a Mercosul é mera utopia e nem faz parte do planejamento. A ordem da diretoria é conseguir formar jogadores que mereçam estar no elenco no próximo ano.
Marco Aurélio sente o peso da campanha irregular. Nas oito partidas que comandou o time só conseguiu uma vitória, três derrotas e quatro empates. Ele sabe que é a figura mais exposta.
"Quando aceitei vir para o Palmeiras neste período sabia que o começo iria ser difícil, mas tenho apoio da diretoria para superar essa pressão", se apressa em avisar.
Mas como não é bobo, o treinador não quer acumular mais derrotas. Contra o Santos, domingo, na Vila Belmiro terá três volantes, dois meias e só um atacante fixo. Pelo discurso defensivista, o meia Lopes ganhou seu lugar no time. Basílio deverá ficar na reserva, já que Adriano foi relativamente bem contra o Universidad Católica. Asprilla não jogará contra o Santos por ter sido expulso contra o Inter. E nesta quarta-feira Marcos telefonou ao presidente Mustafá Contursi e pediu desculpas por haver dito à TV Globo que pediria 'alto' para renovar contrato.