Rio - A seleção feminina de vôlei precisa vencer a Rússia às 6h de sábado se quiser continuar na luta pelo tetracampeonato do Grand
Prix.
"Já enfrentamos a Rússia duas vezes no torneio e perdemos nos detalhes. Se
errarmos menos, temos chances reais de vencer", acredita a levantadora Fofão, referindo-se aos confrontos anteriores, em que o Brasil perdeu por 3
a 0 e 3 a 2.
"Nós erramos 16 vezes mais que as russas e o último jogo terminou com uma
diferença de três pontos. A ansiedade de superar o bloqueio adversário fez
com que o nosso ataque errasse muitas bolas. Ao mesmo tempo, não podemos
arriscar tudo em todas as situações. Tenho conversado sobre isso", disse o
técnico Bernardinho, que completa 41 anos na sexta-feira.
Com a ausência de Virna na última partida, Érika e Ricarda foram as mais
acionadas no passe. Segundo Bernardinho, o aproveitamento neste fundamento precisa melhorar. "Contra um time alto como o da Rússia, ter um bom passe é fundamental. Se
conseguirmos isso, teremos mais tranqüilidade para arriscar", justifica.
Bernardinho orientou o time durante a semana para minimizar a eficiente
china da meio-de-rede russa Elizaveta Tichtchenko.
"Na última partida, ela e a Chachkova (oposto) minaram a nossa equipe", disse. "Estamos trabalhando para, pelo menos, diminuir os estragos. Só não estamos
treinando tanto quanto gostaríamos por causa do chão duro. Após os
treinamentos, as jogadoras têm reclamado das dores."
A inexperiência do grupo em relação ao da Rússia é outro ponto ressaltado
por Bernardinho. "A base da equipe russa é a mesma da Olimpíada de Atlanta e do Mundial, assim como a de Cuba. A nossa equipe tem oito jogadoras que não têm
experiência em competições deste porte. Tudo o que aconteceu serviu como
lição para elas. Espero que a derrota tão apertada tenha servido para o time
crescer, evoluir."
"Se colocarmos em prática tudo o que treinamos, vamos vencê-las. Cerca de
50% do jogo está nas mãos da Tchitchenko. Basta neutralizá-la para
o jogo ficar fácil", disse a meio-de rede Walewska.
Para Érika, manter a vantagem no placar é imprescindível. "Quando estamos na frente, elas se sentem pressionadas e erram muito", disse. "A regularidade delas vai por água abaixo. Mas o que aconteceu na última
partida não pode se repetir: tínhamos a vantagem de 11 a 6 no tie-break, começamos a errar e deixamos que elas encostassem. Nesse tipo de situação, as russas viram monstros."
Ficha técnica:
Brasil: Fofão, Érika, Raquel, Elisângela (Leila), Walewska e Janina
Líbero: Ricarda
Rússia: Vassilevskaia, Godina, Artamonova (Gamova), Chachkova, Tchitchenko e
Morozova
Líbero: Tiourina
L!Sportpress