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Doda diz que Brasil busca o bronze em Sydney
Quinta-Feira, 24 Agosto de 2000, 17h55

Por Fernando Del Carlo

[São Paulo] - O cavaleiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, apontou o Brasil entre os cinco países mais bem cotados a medalha de bronze por equipe no salto na Olimpíada de Sydney, em setembro. Para ele, os favoritos ao ouro e à prata são a Alemanha e a Suíça.

Os brasileiros lutam com Holanda, Inglaterra, EUA e França pelo bronze.

A afirmação de Doda foi feita nesta quinta-feira durante entrevista na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo. Antes disso, o atleta montou a cavalo e foi acompanhado por uma equipe médica para checar o desempenho de seus batimentos cardíacos em condições extremas.

No local, ele também anunciou seu mais novo patrocinador: a Audi Sena, o mesmo que já apoia o outro representante da equipe nacional, Rodrigo Pessoa.

Doda explicou que o momento agora é diferente de quatro anos atrás, quando havia necessidade de superar a pressão nos Jogos Olímpicos de Atlanta (EUA) em 1996. "Naquela época achávamos que a missão era impossível", disse. "Agora é diferente, um momento menos tenso. Este ano, a equipe melhorou em vários aspectos."

Doda ajudou o Brasil a ganhar o bronze em Atlanta no salto.

As perpectivas do grupo atual são boas para Doda. "O Felipe (Luiz Felipe Azevedo) e o Rodrigo (Rodrigo Pessoa, líder do ranking mundial) têm cavalos novos e eu estou preparado para imprevistos", disse o cavaleiro de 27 anos, que mora com a família em Bruxelas, na Bélgica.

Evitar alguns problemas que passou no caminho a Sydney é o pensamento de Doda. Entre eles, encarar um embaraço na disputa da medalha em Atlanta. "Eu já havia perdido o ouro, pois errei em um obstáculo. Mas na hora do desempate para tentar outra medalha, passei um apuro. Fui avisado em cima da hora e os tratadores tiveram de preparar o meu cavalo (Aspen) com urgência", lembrou Doda, que foi medalha de ouro por equipe e 13° lugar no ano passado nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá.

Outro fator que o atleta diz ter superado é o desentendimento este ano com o outro cavaleiro da equipe brasileira, Luiz Felipe Azevedo. O fato aconteceu em Lucerna, na Suíca, onde ambos discordaram quanto aos critérios de escolha da equipe. "Se pudesse evitar a discussão nem teria começado. Mas foi algo até normal com pessoas que pensam diferente", disse Doda.

Além de achar que está bem preparado, Doda garante ter tranquilidade quanto às condições físicas de seu cavalo, Áspen, avaliado em US$ 1 milhão. Com ele, o cavaleiro venceu este ano o Derby de Valkenswaard, na Holanda, e terceiro colocado no CSI de Aachen, na Alemanha, torneio considerado mais importante na Europa. "Meu cavalo foi operado em novembro do ano passado após os Jogos Pan-Americanos de Winnipeg e se recuperou bem", disse.

Ao contrário de outros esportes individuais, Doda afirma ser mais díficil obter melhores resultados no hipismo. Segundo ele, a modalidade depende de um conjunto atleta-cavalo. "Na natação, se o Gustavo Borges estiver num bom dia, então ele terá boas chances. Mas se eu e o Áspen não estivermos num dia iguais, então não conseguiremos passar pelos obstáculos na prova de salto", disse.

Terra


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