São Paulo - O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) conseguiu nesta quinta-feira a cassação da liminar da 6ª. Vara Federal do Rio, que beneficiava os atiradores Maurício Mingone e Paulo Anísio Santana Lyrio, que lutavam por vagas na delegação do Brasil para disputar os Jogos de Sydney. O efeito suspensivo foi concedido pelo desembargador federal Castro Aguiar e o COB divulgou, em nota oficial, que não é mais obrigado a incluir os atletas no time olímpico.
Todas as pendências em relação à delegação brasileira que vai à Austrália terão de ser definidas impreterivelmente nesta sexta-feira, prazo final acertado com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Sydney (Socog) para a confirmação do número oficial de atletas inscritos.
O atirador de carabina de ar Maurício Mingone não teve nem tempo de comemorar a inscrição na delegação olímpica, na quarta-fira, quando o COB teve de acatar a liminar conseguida na 6ª. Vara Federal do Rio. "Não vou desistir de ir à Sydney", declarou Mingone, que vai recorrer novamente à Justiça do Rio com um recurso ou outras liminares. "Se preciso vou até o Supremo Tribunal Federal para cumprir um direito que tenho de defender o meu País na Olimpíada."
Ao lado de cinco outros atiradores, Mingone recorreu à Justiça depois de o COB ter recusado convite da Federação Internacional de Tiro, mas hoje, teve sua liminar cassada. "Nos últimos 30 dias só consegui fazer três treinos de alto nível porque a minha cabeça está confusa."
Mingone, proprietário de uma índústria de cerâmica para a construção civil, em Campinas, treina diariamente em um estande dentro de sua fábrica, nos intervalos do expediente. "Quando fico bravo, vou para o estande e desconto no tiro", brincou o atleta, que também está fazendo três horas diárias de musculação, além de meditação para tranqüilizar a mente.
Agência Estado