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Branco culpa médico do COB por corte
Sabado, 26 Agosto de 2000, 02h52

Se Fernando Scherer, o Xuxa, chorou de emoção ao garantir o embarque para a Olimpíada de Sydney no último dia da confirmação das inscrições do Brasil, as lágrimas do judoca Edelmar Zanol, o Branco, de 25 anos, foram de frustração. Ele considera-se prejudicado pela avaliação do médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), João Grangeiro, e acha que recebeu um tratamento diferente.

Branco acusa o médico do COB de ter-lhe negado a chance de uma reavaliação, como teve Xuxa. O judoca foi cortado após exame feito no dia 18, quando os médicos constataram fratura na costela. "Fiz outra consulta e o médico, que por sinal é amigo do Grangeiro, disse que estou pronto para voltar ao treino." Como só lutaria no dia 20, Branco sente-se injustiçado. "O Xuxa teve mais dez dias, depois de constatada a lesão; por que eu fui cortado de cara?"

O judoca disse que sentiu a diferença de apoio que ele e o nadador receberam no dia em que se encontraram na sala de avaliação médica, no Rio. Xuxa estava acompanhado dos dirigentes da natação. "Eu estava sozinho."

Branco ficou "chocado" quando foi avisado do corte, no quarto do hotel, pelo técnico Geraldo Bernardes. Não recebeu explicações dos médicos. "Sou bicampeão pan-americano, tenho a medalha de prata do Mundial de 1998, fui nono na Olimpíada de Atlanta e, mais maduro, sei que podia estar lá, em Sydney...", disse. "Não adianta, eu não me conformo em ficar fora daquele avião." A delegação do judô embarcou ontem para Camberra, onde fará a aclimatação.

O médico João Grangeiro defende-se dizendo que não faria diferença se o judoca fosse reavaliado ontem. "Ele tem uma lesão grave, precisa de três a seis semanas para recuperar-se e o que eu fiz foi dar um parecer médico, no qual não posso ser simpático."

O médico observa que quem definiu o corte do atleta foi a Confederação Brasileira de Judô (CBJ). "Eles solicitaram um laudo para saber se ele teria condições de luta, se estaria 100%; eu disse não", frisa. "A lesão do Xuxa era diferente e não impediu que treinasse; já o Branco não punha o quimono desde a seletiva."

O judoca Aurélio Miguel, que ficou fora da delegação por causa de uma lesão, deixou uma mensagem para Branco. "O importante não é quantas vezes se cai, mas quantas vezes se levanta." Para Aurélio, a injustiça é a forma como Branco foi informado sobre a lesão. Mas observa que, de uma confederação em que o presidente torce pela derrota de atletas, "é difícil esperar outra coisa".

O tiro também está fora da Olimpíada. Terminou ontem o prazo para aceitar o convite da Federação Internacional de Tiro e os atletas não tiveram sucesso na tentativa de obter vaga na Justiça. Mesmo assim, vão apresentar recurso ao Superior Tribunal de Justiça. Querem provar que tinham direito de ir a Sydney e foram impedidos pelo COB.

O Estado de S.Paulo


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