Spa-Francorchamps - A fórmula de disputa dos GPs de F-1 a partir da próxima temporada vai ser decidida na quarta-feira, em uma reunião em Londres. Entre os temas que serão discutidos por proprietários e diretores das equipes, pilotos, engenheiros, representantes dos patrocinadores e dirigentes da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) está o atual formato da competição, com treinos livres às sextas-feiras, classificatórios aos sábados e corrida no domingo.
Esse formato será revisto e é grande a possibilidade de haver disputa para o grid já na sexta-feira, embora muitos pilotos prefiram acabar com qualquer atividade nesse dia. As opiniões sobre o assunto, inclusive, são as mais variadas.
Bernie Ecclestone, por exemplo, é favorável a que se promova seis horas de treino livre na sexta-feira e se acabe com os testes particulares. Michael Schumacher tem outra sugestão. "Por que não treino livre no sábado pela manhã, classificação à tarde e no domingo disputarmos a corrida?", questiona. "Dois dias para um GP bastam, não vejo necessidade de virmos para o autódromo na quinta-feira e realizar treinos livres na sexta-feira", completa o bicampeão do mundo, Mika Hakkinen.
O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, defende a volta das duas sessões de classificação, na sexta-feira e no sábado. Essa hipótese, porém com os tempos sendo somados e divididos por dois, pode vir a ser aprovada.
"Essa é a minha sugestão", comenta Alain Prost. "Qualquer que fosse o tempo no sábado, seco ou chuva, obrigaria os pilotos treinar."
Inchaço - O presidente da FIA, Max Mosley, gosta da idéia de apenas dois dias de disputa das provas, o que abriria perspectivas de aumentar o número de etapas de 17 para 20. O sócio e diretor da McLaren, Ron Dennis, diz sequer cogitar dessa possibilidade. "Quase não damos conta de disputar 17 provas, que dirá 20", disse.
Um outro aspecto defendido pelos pilotos é que todos na F-1 precisam de mais tempo para descanso e convivência com suas famílias. "Todos precisam ter maiores períodos de repouso", entende o escocês David Coulthard.