Rio - Nesta segunda-feira, o advogado Michel Assef, contratado pelo técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, entrou na Justiça com uma ação de indenização por danos morais, no valor de R$ 300 mil, e uma queixa-crime por injúria, calúnia e difamação contra a estudante de Direito Renata Carla Moura Alves.
Segundo Assef, Renata, que diz ter sido secretária e amante de Luxemburgo, ainda não provou nenhuma de suas acusações contra o técnico.
A empresária acusa seu suposto ex-chefe de ter intermediado a compra e venda de jogadores e de ter lucrado com leilões de bens imóveis e automóveis, dos quais Renata teria atuado como sua licitante judicial.
Ela também afirma ainda ter abortado um filho do técnico. "Essa mulher expôs o técnico Wanderley Luxemburgo à execração pública sem provar qualquer acusação contra ele", disse Assef.
A participação do comandante da seleção em leilões públicos, por intermédio de Renata, foi revelada pela ex-secretária à Polícia Federal Fazendária, em 1997, e resultou num processo por sonegação fiscal contra o técnico. O inquérito, que corre em segredo de Justiça, já foi enviado ao Ministério Público, que poderá denunciá-lo ou não.
O titular da Delegacia Fazendária da PF do Rio, Antônio Rayol, disse nesta segunda-feira que aguarda para amanhã um telefonema dos advogados de Renata Alves, para marcar um novo depoimento dela. No depoimento, que deverá ser quarta ou quinta-feira, Renata promete levar novas provas contra Luxemburgo.
Segundo Rayol, o que existe, por enquanto, é o processo de sonegação fiscal contra o técnico que está no MP. "Se ela apresentar novas provas, eu vou estudar, junto com o Ministério Público, a necessidade de se abrir um novo inquérito ou não", disse.