Rio - A derrota para o Belenenses, mesmo jogando fora de
casa, foi a gota d'água não só para a torcida, mas para os próprios jogadores
do Porto. O meia brasileiro Clayton tentou mas não conseguiu encontrar
explicações para a instabilidade da equipe portuguesa neste início de
temporada. O time ainda está sofrendo pela eliminação na fase preliminar da Copa dos Campeões da Europa, depois de empate sem gols contra o Anderlecht no estádio das Antas.
Em entrevista ao jornal "O Jogo", Clayton se mostrou inconformado com a fase
de sua equipe e salientou a necessidade de os jogadores mostrarem garra e
coragem neste momento tão difícil:
´´Precisamos morrer em campo. As coisas não podem chegar a um ponto desses.
Temos que levantar a cabeça porque chega de ouvir o nome do Porto manchado.
Chega um momento em que a gente também tem vergonha.´´
O atacante assume que o time esteve bem abaixo das expectativas contra o
Belenenses e mereceu as críticas dos torcedores. Ele só não concorda com a
culpa jogada sobre o presidente do Porto, bastante criticado pelos
torcedores:
´´Só as vaias aos jogadores são justas pois não jogamos nada. As vaias sobre
o presidente são injustas. Não é de propósito mas a culpa é nossa e nós
temos que dar a volta por cima. Acredito na equipe e sinto força nela, mas
temos que demonstrar isso.´´
Clayton disse que a principal atitude a ser tomada pelo grupo neste momento
é diminuir o sentimento de superioridade que há entre os jogadores e entrar
em campo com garra:
´´Acho que chegou o momento de esquecer um pouco que, às vezes, temos mais
qualidades que os outros. Temos de mostrar vontade e sermos mais fortes do
que os outros dentro do campo. Não no papel.´´
Segundo o brasileiro, o campeonato ainda está no começo e há todas as
possibilidades para o time se recuperar. Além disso, a interrupção do
campeonato por uma semana será positiva para a equipe. Clayton afirma que
ainda há a Copa da Uefa, a Taça de Portugal e o Campeonato Português para
ser disputado.