Com muita grana e pouco jogador, São Paulo enfrenta o Cerro
Quarta-Feira, 30 Agosto de 2000, 09h00
Atualizada: Quarta-Feira, 30 Agosto de 2000, 09h01
São Paulo - Os jogadores que ainda não deixaram o São Paulo entram em campo hoje, às 22h30, para enfrentar o Cerro Porteño, pela terceira rodada da Copa Mercosul, em Ciudad del Este, no Paraguai. Depois de perder mais um jogador, o zagueiro Edmílson, que teve o passe vendido para o Lyon, da França, por US$ 10 milhões, o técnico Levir Culpi faz o que pode para escalar o time e torce para que ninguém se machuque, pois, nesse caso, não terá reposição.
Para amenizar a situação do treinador, a diretoria tricolor acertou ontem a contratação do zagueiro Wellington Paulo, do América-MG, por quase R$ 3,6 milhões.
Nos últimos dois meses, sete atletas deixaram o clube: Vágner não renovou contrato, Raí abandonou o futebol, Evair foi dispensado e Marcelinho, Edu, Álvaro e Edmílson tiveram o passe negociado. Mesmo com tantos problemas, Levir sabe que só uma vitória deixará o São Paulo em boas condições na Mercosul. O grupo C está equilibrado e todas as equipes, São Paulo, Cerro, Colo Colo e Rosario, têm três pontos. Se o Tricolor não vencer nesta noite, terá a obrigação de derrotar todos os adversários nas últimas três rodadas, para conquistar a classificação sem depender de outros resultados.
Além dos que deixaram o Morumbi, Levir não poderá utilizar o goleiro Rogério, que está na seleção principal, Belletti e Maldonado, contundidos, além de Fábio Aurélio e Fabiano, que estão com a seleção olímpica. Com isso, Alencar fará a estréia no gol tricolor, Gustavo Nery ganha a posição de titular na lateral-esquerda e Wilson volta à zaga, depois quatro meses fora.
Levir, porém, não reclama do desmanche que está havendo no São Paulo e diz entender a diretoria. "É muito difícil um clube brasileiro recusar uma proposta de US$ 10 milhões", disse, referindo-se à venda do passe de Edmílson. Pede, contudo, tempo para montar o time.
O Tricolor faturou quase R$ 54 milhões nos últimos dois meses em negociações de passes. Foram cerca de R$ 14,5 milhões com Marcelinho, R$ 9 milhões com Edu, R$ 5,5 milhões com Álvaro e, agora, R$ 18 milhões com Edmílson. A diretoria, no entanto, não contrata reforços, alegando que o dinheiro é para o pagamento de contas.
O único passe de jogador que o São Paulo comprou foi o de Gustavo Nery, por R$ 3,6 milhões, além de Wellington Paulo, contratado ontem. Com os desfalques, jogadores juniores, como Alemão e Jean, estarão no banco hoje. A diretoria ainda busca um zagueiro. Marcelo Djian e Scheidt, do Celtic, da Escócia, são os nomes mais fortes.
O Estado de S. Paulo
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