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São Paulo - Gustavo Kuerten se sentiu pressionado em Nova York. Chegou como cabeça-de-chave 2, sendo uma das atrações do Aberto dos Estados Unidos, e foi eliminado na primeira rodada. Nas praias de Florianópolis, para onde viajou após a derrota, a pressão não deve diminuir. O brasileiro tem cerca de 15 dias para resolver uma pendência entre patrocinadores para ir tranqüilo aos Jogos Olímpicos de Sydney.
A viagem para a Austrália está marcada para o fim de semana que vem. Mas até lá, a Diadora, principalmente, o Banco do Brasil e a Globo.com, que têm seus logotipos estampados na camisa do jogador, terão de negociar com a Olympikus, patrocinadora da equipe brasileira que vai à Olimpíada de 2000, com abertura marcada para dia 15 de setembro.
Guga, segundo no ranking e primeiro na Corrida dos Campeões, teve vaga garantida de imediato na Olimpíada. Jaime Oncins também. Atualmente, Oncins é 34º do ranking de duplas. Vanessa Menga e Joana Cortez, devido às suas classificações em duplas, completam o time brasileiro nesse esporte.
Há algum tempo se comenta, entre tenistas profissionais do Brasil, que a negociação de Guga está difícil. A Olympikus teria sugerido até que o tenista vestisse uma camisa sem nenhum logotipo, nem mesmo o dela, mas a proposta teria sido recusada pelos empresários do jogador catarinense.
Durante o período olímpico, serão disputados os torneios de Mallorca, de US$ 500 mil, em saibro; Tashkent, de US$ 525 mil, em quadra rápida, coberta; de Bucareste, competição de US$ 375 mil, em quadra de saibro; e de Palermo, também em saibro, com US$ 375 mil em premiação. Fora do circuito, o jogador pode deixar de ganhar alguns milhares de dólares.
"Disputar a Olimpíada é meu grande sonho", tem dito Guga, que irá a uma competição olímpica pela primeira vez. Em 1996, em Atlanta, Fernando Meligeni esteve perto de conquistar a medalha de bronze.
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