Rio - O técnico da seleção brasileira de vôlei masculino, Radamés Lattari, acredita que o Brasil está pronto para a disputa das Olimpíadas. Segundo o treinador, os dois amistosos programados contra a Austrália, nos dias 8 e 10 ou 11, contra os Estados Unidos, no dia 13, e contra a Iugoslávia, no dia 14, servirão para o aprimoramento da formação tática da equipe.
Até domingo, quando embarcam para Canberra, Austrália, os treinamentos realizados são para melhorar os fundamentos individuais de cada atleta.
Sobre a perspectiva de conquista de medalhas, Radamés afirmou que as oito seleções finalistas terão chances de subir ao pódio. O técnico acredita que Cuba, Espanha, Holanda, Estados Unidos, Itália, Rússia e Iugoslávia serão os principais adversários brasileiros.
"Todas as seleções estão muito niveladas, por exemplo, recentemente a Iugoslávia ganhou da Itália e, em seguida, perdeu para a Espanha", comentou.
O atacante Giovane enumerou as diferenças entre a atual seleção brasileira e a campeã olímpica. O jogador enfatizou que a delegação de hoje está consciente do trabalho a ser realizado e a qualidade dos atletas está mais equilibrada.
"Em 92 existia uma grande diferença na qualidade dos jogadores titulares e reservas, hoje estamos todos nivelados, o que dará mais opções para o treinador", disse Geovane. "Seremos uma seleção imbatível, porque estamos muito próximos da união que tínhamos em Barcelona."
A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) homenageou, nesta sexta-feira, os jogadores e a comissão técnica campeões olímpicos em Barcelona-92, além das jogadoras de vôlei de praia medalhistas de ouro em Atlanta-96. Todos os homenageados receberam um troféu para simbolizar a conquista, porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) distribui somente medalhas e certificados.
Um dos homenageados foi o atacante Marcelo Negrão, que mesmo afastado da seleção, revelou sua vontade de disputar mais uma Olimpíada. "Tenho 27 anos, já fui duas vezes aos Jogos e quero ir de novo em 2004", disse o jogador. Não estiveram presentes à homenagem os atletas Janílson e Jaqueline.
Para o ex-técnico da seleção brasileira José Roberto Guimarães a seleção atual precisa ter como exemplo a dos Jogos Olímpicos de Atlanta-96. De acordo com Guimarães, o quinto lugar obtido na competição foi fruto do desencontro entre atletas e comissão técnica.
"Perdemos para a vaidade, e espero que isto sirva de lição", admitiu o técnico.
Agência Estado