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Camberra mostra a sua fábrica de campeões
Segunda-Feira, 04 Setembro de 2000, 01h54

Camberra - Nas paredes do recinto da piscina, fotos de Michael Klin e referências aos seus recordes mundiais, nos 100 metros, borboleta, e no revezamento 4 x 200 m, livre, com a equipe australiana, mais o Hall da Fama, com os nomes dos atletas que passaram por essa piscina, indicam porque o Instituto Australiano de Esporte (IAE) pode ser chamado de fábrica de campeões. Uma lista que não inclui o nome de Aleksandr Popov, que é russo, mas elegeu Camberra e o IAE para treinar. Bicampeão olímpico dos 50 e 100 m, livre, e também o recordista mundial dos 100 m, Popov, que treina na piscina do IAE desde 1993, está dividindo o seu espaço com os brasileiros.

Para os atletas do Brasil - que fazem em Camberra a adaptação ao clima e ao fuso horário da Austrália e os últimos treinos antes do início da Olimpíada - a infra-estrutura do IAE expõe a absurda falta de recursos do esporte nacional. "Não dá nem para contar para os nossos companheiros de treino, em Brasília, que existe algo assim, provavelmente não acreditariam", observa Leandro Macedo, do triatlo.

O triatleta refere-se a uma infra-estrutura inaugurada em 1981, que tem, por exemplo, campos de futebol - coberto e ao livre - com grama natural e sintética, quadras de basquete e de tênis, ginásio para ginástica artística, complexo de natação, pista de atletismo e raias para remo. Tem espaço para moradia - incluindo 19 flats para atletas casados - e alimentação. E ainda os prédios destinados ao desenvolvimento de áreas essenciais, como a ciência do esporte e medicina (psicologia, bioquímica, biomecânica e fisiologia), além dos departamentos de Fisioterapia e Tratamento Médico.

Tecnologia - Na piscina, câmeras com sensores podem medir o ritmo das braçadas, a velocidade do nadador. A reposição de cloro é feita mecanicamente e o nível da água é controlado para evitar ondas. A praticidade na concepção das estruturas está aliada à tecnologia de ponta dos equipamentos, à ciência e ao conforto e bem-estar proporcionados aos atletas. Esta é a fórmula dessa fábrica de campeões.

"É uma estrutura com todos os requisitos para o esporte de alto nível, mas o que tem aqui começa lá fora, com a política de esporte do país", afirma Ricardo Moura, supervisor da natação brasileira. Acrescenta que resultados e medalhas só aparecem quando o trabalho está consolidado.

Administrados pela Comissão Australiana de Esportes, existem na Austrália oito desses institutos, centros de treinamento que trabalham na formação de atletas. O IAE de Camberra recebe cerca de 500 estudantes por ano e mais 70 técnicos, que trabalham em 20 modalides.

A Austrália terá cerca de 630 atletas nos Jogos Olímpicos de Sydney, o palco ideal para mostrar ao mundo que seu projeto esportivo funciona. O país investiu cerca de A$ 150 milhões (cerca de US$ 86,4 milhões) nos últimos quatro anos no projeto olímpico. O Comitê Olímpico Australiano já anunciou um investimento de A$ 121,4 milhões (cerca de 70 milhões) para o próximo quadriênio, até os Jogos de Atenas, em 2004.

O Estado de S.Paulo


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